ONU: para quê(m) ela serve?

1945. Ano que marcou o fim da Segunda Guerra Mundial e o em que armas atómicas foram utilizadas na população civil em Hiroshima e Nagasaki.

Frente ao horror da absoluta destruição causada por aquele conflito as nações do mundo clamavam por algum meio de buscar a paz. Alguma ferramenta que pudesse livrar a humanidade das guerras.

Os poderosos estados do centro de poder, então, em 24 de outubro de 1945, nos Estados Unidos da América, criaram a Organização das Nações Unidas (ONU).

Mas ela serve pra quê?

Pra quem serve a ONU?

No papel a ONU foi criada para conseguir o que a Liga das Nações (1919 – 1946) não conseguiu: deter/mitigar crises internacionais em um mundo em constante ebulição geopolítica.

Até hoje nada nesse sentido ela conseguiu: não conseguiu garantir a paz; não conseguiu acabar com a fome; não conseguiu equalizar o desenvolvimento socioeconômico; não conseguiu acabar com o racismo e a xenofobia e; não conseguiu provar a sua relevância.

Em quase oito décadas de existência essa organização se vende como sendo o grande farol para humanidade, mas ela é, na verdade, um vergonhoso covil para avançar pautas dos Estados mais poderosos em detrimento daqueles que estão na periferia do Sistema Internacional.

Casos de suborno, abusos (inclusive sexuais), terror psicológico e cerceamentos dos mais diversos são algumas das problemáticas envolvidas com a atuação da ONU e de sua burocracia. Além disso, já foi gasto quase 1 trilhão de dólares dos países membros para ações que são, no máximo, insossas.

A ONU não tem exércitos ou qualquer tipo de poder que possa impedir um conflito armado como se pode observar, por exemplo, nos conflitos na Ucrania e na Faixa de Gaza onde ela nada faz de relevante a não ser soltar uma notinha aqui e outra ali. A Rússia e Israel pouco se importam com qualquer tipo de resolução da ONU que seja contrária aos seus interesses geopolíticos.

“A grande verdade é que, tal qual o dólar e o Fórum Econômico Mundial, a ONU foi criada para ser mais uma ferramenta dos poderosos para ordenar o mundo.”

Ela só serve para cercear o desenvolvimento das nações enquanto avança pautas que interessam aos grupos poderosos que se utilizam do controle dos sistemas financeiros e das mais poderosas forças armadas para implantar sua agenda.

Após o retumbante fracasso das resoluções propostas para os grandes conflitos em vigor, inclusive as do Brasil, que hoje nada mais é que um ator irrelevante das Relações Internacionais, a recente fala de Gilad Erdan, embaixador de Israel na ONU, direcionada ao secretário-geral António Guterres, embora controversa é muito interessante: “peço-lhe que renuncie imediatamente”. Assim, é claro que Israel está interessada em defender seus interesses, sejam eles louváveis ou execráveis.

Ninguém mais dá relevância para essas organizações trilionárias que nada fazem a não ser tentar avançar as pautas de quem as controla; quem deveria “renunciar” é a própria organização.

É muita ingenuidade achar que a ONU está interessada no bem dos povos sofridos e dos pobres coitados do mundo.

Não.

Eles não se importam.

O que importa para aquela organização é aumentar o controle e cercear o desenvolvimento das nações. É servir aos grandes financistas e exploradores dos povos.

Por isso criamos um novo meio de superação do cerceamento financeiro, o nosso BDM, e estamos disseminando pelo mundo ideias de vanguarda sobre como a humanidade pode avançar a pauta do desenvolvimento socioeconômico sem agressões de qualquer natureza; nossos quase 1 milhão de associados e parceiros trabalham para isso junto de nossos cientistas e pesquisadores.

Mas, então, voltando ao questionamento basilar deste ensaio: pra quê e pra quem serve a ONU?

Serve para nada.

E com certeza não serve a humanidade.

Urandir Fernandes de Oliveira, fundador e CEO do Ecossistema Dakila e da Dakila Pesquisas, um think tank voltado para ciência, pesquisa e inovação

dakila

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