Transporte de mercadorias em hidrovia do Rio Paraguai cresceu 36,9 % no último ano em MS

Volume cresceu quase 37% no período – Foto: Governo do Estado

O último levantamento da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) apontou que a movimentação de cargas pela hidrovia do Rio Paraguai superou a marca de  4,2 milhões de toneladas no ano passado em Mato Grosso do Sul.

Em números percentuais, o crescimento do transporte hidroviário foi de 36,94% entre janeiro a outubro de 2022 em relação ao mesmo período de 2021, quando foram escoadas pouco mais de 3 milhões de toneladas pelo modal.

A movimentação de cargas pela hidrovia superou 4,2 milhões de toneladas no ano passado em Mato Grosso do Sul. O crescimento do transporte hidroviário foi de 36,94% de janeiro a outubro de 2022 em relação ao mesmo período de 2021, quando foram escoadas pouco mais de 3 milhões de toneladas pelo modal.

Os dados indicaram que o maior volume entre as cargas foi o de minério de ferro com cerca de 3,9 milhões de toneladas no período, seguido pela soja com 300 mil toneladas, açúcar – 20 mil toneladas, além de ferro e aço com 10 mil toneladas.

As maiores movimentações de carga foram em Gregório Curvo, em Porto Esperança, Corumbá, com 2,9 milhões de toneladas.

Na sequência os maiores volumes foram pela Granel Química, em Ladário, com 1,37 milhão de toneladas e o Itahum Export de Porto Murtinho com 319 mil toneladas de janeiro a outubro de 2022.

Após movimentar cerca de 300 mil toneladas de soja e açúcar no ano passado, a FV Cereais, detentora do terminal privado da Itahum Export em Porto Murtinho, tem previsões otimistas para 2023.

“No ano passado nós movimentamos 300 mil toneladas mais ou menos entre soja e açúcar, e conseguimos operar até meados de outubro. Para 2023 temos uma perspectiva de um ano muito bom. Nós temos aí contratado mais ou menos 600 mil toneladas de soja para movimentar no terminal. Nós acreditamos que até o início de fevereiro voltamos a operar”, destacou o gerente de Operações do Terminal Portuário, Genivaldo dos Santos.

Segundo ele, a expectativa de transporte pelo porto é muito positiva, diferente dos outros anos. “Estamos aguardando que o rio se recupere. Os gráficos indicam que esse ano vai ser melhor que o ano passado, mas realmente temos que viver a realidade. Essa é a nossa condição, estamos aguardando para iniciar a safra”, frisou Santos.

Caminho

A fim de direcionar os investimentos que deverão ser feitos nos modais sul-mato-grossenses, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Semadesc) elaborou um relatório logístico em parceria com a Empresa de Planejamento e Logística (EPL).

De acordo com o secretário Jaime Verruck, da Semadesc, o relatório apontou que são necessárias melhorias na hidrovia que vão demandar investimentos de quase R$ 800 milhões.

Segundo ele, entre o Porto Esperança até o terminal Porto Murtinho o espaço é dividido com a Bolívia. Já de Porto Murtinho até Corumbá existem três pontos críticos que necessitam de dragagem para a melhora do fluxo e para permitir que as embarcações façam manobras.

“A ideia é melhorar o fluxo de transporte da hidrovia do Paraguai, que compreende Ladário, Corumbá, Porto Esperança e Porto Murtinho. Essa é a conexão que a gente faz com a hidrovia. Nós temos três pontos críticos que vão de Porto Murtinho até Corumbá. Nestes locais mesmo em funcionamento normal, as barcaças têm que ser desconectadas para que se faça as curvas”, esclareceu o secretário.

Conforme o secretário, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) já viabiliza um estudo do fato. “Existe um pedido de licenciamento junto ao Ibama que autoriza a dragagem nesses três pontos e vamos trabalhar para que isso ocorra”, enfatizou.

FONTE CORREIO DO ESTADO

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