Ex-técnico e dono do América morre de Covid-19 em Campo Grande

Um dos mais tradicional dos anos 80 do futebol amador de Campo Grande perdeu nesta manhã seu comandante para a pandemia do coronavírus. Nascido como José Cassemiro da Silva, mas conhecido como Dê, montou o time do América, que revelou grandes atletas para o futebol campo-grandense. Entre eles, Edinho (Taveira-Operário), Nivaldo (Taveira), Luis Carlos (Comercial), Branco (Operário-Taveira), e muitos outros jogadores do futebol amador, que aos poucos foram encontrando seu caminho na sociedade.

Nomes com Eduardo Samudio, o Tatinha, exerceu trabalho na Polícia Rodoviária Federal, o goleiro Miguel, que se revelou no Taquarussu, mas também atuou no América. Ortega, outro que se destacou embaixo dos três paus nos campos do Bordon, Vila Palmira, Carlota entre outros.

Um dos revelados também foi o meia Roney, que na foto está bem no meio entre Jorgão, Natanael, a esquerda pra quem está vendo a foto (veja abaixo), e de Nivaldo e Claudinho (a direita), em partida realizada na antiga Fazenda Itamarati. Roney depois saiu para o futebol brasileiro e mundial, tendo fechado sua carreira no Atlético do Equador. Hoje, de volta do Mato Grosso do Sul está trabalhando no Águia Negra, de Rio Brilhante.

José Cassemiro notou sempre bons times no futebol amador, mas a primeira conquista aconteceu no antigo estádio Belmar Fidalgo, em uma final entre Castelo e América.

Dê morreu na manhã desta segunda feira vítima da Covid-19. O corpo será sepultado, sem a presença de amigos, visto que existe protocolo de biosegurança.

 

Em 1986 equipe participou do amador promovido pela TV Morena (foto-arquivo)

“É um dia muito triste, falava sempre com ele e nos últimos dias estranhei de não ter feito comunicação. Que Deuz leve o amigo em paz”, relatou Ortega.

O hoje jornalista Cláudio Severo, editor responsável do site, relata que foi a única equipe amadora da cidade que jogou e sempre lembra das manhãs de domingo, quando às 6h30, lá vinha o Dê na kombi azul. Era sempre um dos primeiros a ser levado para disputa de partidas”, comenta. Nos anos 80, antes de embarcar para São Paulo, onde definitavamente parou de jogar futebol amador, o jornalista conta que morava em Dourados, mas vinha todos os finais de semana só para jogar na equipe. “Realmente foram bons tempos e também de um período onde fiz muitas amizades que até hoje ainda lembra dos bons jogos feitos pelos campos de Campo Grande”, aponta.

EsporteMs

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