O caso da menina Sophia de Jesus Ocampo completa um mês neste domingo e não vemos movimentação de ações que sejam efetivamente adotadas pelo poder público no combate à violência contra a criança em Mato Grosso do Sul.

A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) havia anunciado no dia 15 deste mês a implementação de uma sala de atendimento à criança vítima de violência dentro da Casa da Mulher Brasileira.

Na prática, o Estado propôs medidas para atendimento às vítimas após os crimes serem consumados, o que, de forma imediata, não é suficiente para evitar que crianças e adolescentes continuem sendo as maiores vítimas de violência sexual em Mato Grosso do Sul.

Além dessa medida, não vemos ações de prevenção, como denúncias e outras medidas que possam pelo menos reduzir esses crimes.

Viram quantos casos de abuso, violência e morte tivemos noticiado com crianças nas últimas semanas?

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Não é fácil encontrar uma saída que resolva por completo o problema, temos ciência disso, mas acredito que possamos nos mobilizar enquanto imprensa, sociedade civil e poder público e tratarmos como objetivo principal essa pauta.

Temos que unir forças e debatermos pra juntos encontrar essas soluções, o que não dá mais é para continuar noticiando esses casos sem nenhuma perspectiva de cessar!

E você que está lendo esse artigo, tem alguma sugestão? Compartilhe essa idéia, não cruzem os braços, a população precisa se unir em busca de resultados por CAUSAS de total interesse público como essa. Não seja omisso (a) deixe aqui sua sugestão que iremos encaminhar aos políticos eleitos de MS!

Saiba: Dados da Sejusp apontam que, entre os dias 1º de janeiro e 24 de fevereiro deste ano, Mato Grosso do Sul registrou 168 casos de estupro contra crianças de zero a 12 anos.

Em relação aos adolescentes, 80 pessoas de até 17 anos sofreram violência sexual em 2023. Juntos, os dois grupos representam 81,84% dos 303 estupros contabilizados no Estado até essa sexta-feira.

DENUNCIE

A Ouvidoria do MP tem canal de denúncia anônima (fone 1 2 7), além do site (mpms.mp.br/ouvidoria) para denúncias ou reclamações contra órgãos omissos na proteção em caso de risco/violência dos direitos de crianças e adolescentes .

Alcina Reis

Jornalista