Com 12 instituições do Governo de MS, Ação Cidadania Para Elas presta mais de 6 mil atendimentos

Um único dia, mais de 6 mil atendimentos para 2,8 mil mulheres. O resultado é a garantia de direitos e cidadania para elas. O desfecho histórico da Ação Cidadania Para Elas, realizada no Albano Franco neste sábado trouxe sorrisos e satisfação a quem pode aproveitar dezenas de serviços em um só lugar.

Cozinheira, dona Sebastiana Batista, de 71 anos, veio da aldeia indígena Marçal de Souza, na região do Tiradentes. Chegou cedo, em um ônibus mobilizado pela Secretaria de Estado da Cidadania.

“Eu vim ver a questão da água e das ações sociais, é muito importante ações assim, tem um monte de serviços e tudo de graça, as pessoas precisam aproveitar”, ressalta a indígena Terena.

Indígena Terena, dona Sebastiana fez questão de participar da ação que levou serviços a milhares de mulheres neste sábado. (Foto: Paula Maciulevicius/SEC)

Deficiente visual, Bruna Gonçalves, de 29 anos, veio do Jardim Noroeste, e comemorava na Ação Cidadania Para Elas a autonomia e o direito de ir e vir. Depois de perder a visão em 2018, a jovem passou pela vacinação contra a COVID, maquiagem e orientação médica.

“Me senti mais viva, mais mulher, eu estou tendo minha independência, sabe? Vir aqui foi maravilhoso, eu não conhecia as questões do direitos da mulher que sofre violência, o que se pode fazer caso isso aconteça, e eu ainda renovei a inscrição da minha casinha, que o meu sonho é ter meu apartamento. Saí daqui realizada”, descreve.

Deficiente visual, Bruna conta que se sentiu mais viva e mais mulher ao passar pela maquiagem e também receber orientações quanto à violência doméstica. (Foto: Paula Maciulevicius/SEC)

Gestante, Gleycy Hellen Pinheiro, de 25 anos, espera Laviny para daqui dois meses. Na ação, a jovem foi até o estande da Associação de Doulas de MS, onde recebeu pintura e orientações sobre parto e amamentação.

“Eu vim do bairro São Francisco para fazer o RG e a passagem por aqui foi ótima, me ensinaram sobre estação, parto, e ainda tiveram vários brindes”, comenta.

À espera da Laviny, gestante Gleycy também passou por pintura e recebeu instruções sobre parto e amamentação. (Foto: Paula Maciulevicius/SEC)

Do bairro Rita Vieira, Zonemi Dutra, de 75 anos, e Rosane Santana, de 43, ouviam as orientações sobre autoteste HIV e prevenção às infecções sexualmente transmissíveis. “Muito legal as informações, estou levando testes e preservativos. Isso é bom porque incentiva as pessoas, não precisa ter medo, é tudo simples e isso esclarece para a prevenção”, descrevem.

Zonemi e Rosane levaram para casa informações sobre IST e como se prevenir contra as infecções sexualmente transmissíveis. (Foto: Paula Maciulevicius/SEC)

Mulheres

Subsecretária de Políticas Públicas para Mulheres, Manuela Nicodemos Bailosa, enfatizou que a ação contou com uma série de atendimentos através da rede especializada para atender mulheres em situação de violência, como a Casa da Mulher Brasileira, Ceamca e também a Deam.

“Aqui está a equipe técnica da Casa da Mulher Brasileira, que como vocês sabem, é um lugar que a gente vai para abrir com um boletim de ocorrência, para ser atendida pela psicóloga, pela assistente social, pela defensora pública, para pedir medida protetiva de urgência. A Casa da Mulher Brasileira é um lugar que a gente precisa conhecer, falar sempre que existe e que a gente deve fortalecer esse trabalho muito importante que salva vidas. Gostaríamos de divulgar um número para todo mundo ter na agenda, o 180, que é a central de atendimento às mulheres em situação de violência. 180 é um telefone que a gente liga para perguntar o que fazer diante de uma situação de violência, onde você pode fazer uma denúncia anônima que ninguém vai saber. Infelizmente vivemos um índice de feminicídio muito alto, e nós precisamos denunciar qualquer tipo de violência contra a mulher”.

Subsecretária das Mulheres, Manuela Nicodemos Bailosa aproveitou ação para conscientizar sobre a importância do número 180, ligação que qualquer pessoa pode fazer, gratuitamente, para denunciar casos de violência. (Foto: Paula Maciulevicius/SEC)

Ação em números

Foram mais de 300 voluntários levando serviços de 35 instituições parceiras, sendo 12 do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul. No total, 2.803 mulheres passaram pela Ação Cidadania Para Elas num total de 6.179 atendimentos.

A ação Cidadania Para Elas é uma realização da Fiems, TV Morena e Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, através da Secretaria de Estado da Cidadania.

São parceiros na ação:

• Secretaria de Estado da Cidadania
• Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública)
• Funtrab
• Defensoria Pública Estadual – Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher
• SEAD – Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos
• DEAM – Delegacia de Atendimento à Mulher
• Ceamca (Centro Especializado de Atendimento à Mulher, à Crianças e ao Adolescentes em Situação de Violência)
• Casa da Mulher Brasileira – Prefeitura Municipal de Campo Grande/ Subsecretaria de Políticas para Mulher
• AGEHAB – Agência de Habitação Popular do Estado de Mato Grosso do Sul
• Receita Federal
• Correios
• Águas Guariroba
• Procon
• AGEMS (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul)
• Fundação de Cultura do Mato Grosso do Sul
• Polícia Militar – Promuse
• Senai
• IEL
• Sesi Educação/SST
• Detran
• Projeto Social Autis(si)mo
• Escola de Cabeleireiro Flavinho
• Instituto Cruzeiro
• Associação do Bem
• Sebrae
• Centro Estadual de Cidadania LGBTQIA+ e Associação das Travestis e Transexuais de Mato Grosso do Sul (ATTMS)
• Sesi Saúde
• Lions Clube
• SES (Secretaria de Estado da Saúde)
• Sesau (Secretaria Municipal da Saúde de Campo Grande)
• Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores MS)
• Comando Militar do Oeste (Hospital Militar de Área de Campo Grande)
• Conselho Regional de Farmácia de MS
• Associação de Doulas de MS
• Fundesporte
• Organização de Mulheres Empreendedoras.

Paula Maciulevicius, da Comunicação da SEC

Foto Capa: Matheus Carvalho/SEC

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