Bois Gordo: Consultoria avalia que oferta tende a melhorar com seca

Nesta segunda-feira, 12 de abril, o mercado físico de boiada gorda começa a semana de olho no comportamento dos pecuaristas diante da aproximação do período seco.

 

“Algumas regiões já apresentam condições de pastagens não adequadas para a manutenção do peso dos animais”, relata a IHS Markit.

 

Na avaliação da consultoria, com a iminente degradação dos pastos, muitos produtores, principalmente os pequenos e médios, serão obrigados a vender rapidamente os seus lotes ou ofertá-los aos grandes confinadores e boiteis, que têm melhores condições de arcar com os altos custos de nutrição.

 

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Enquanto isso, os frigoríficos seguem cautelosos nas ordens de compras de boiadas gordas, devido os altos patamares da arroba e ao baixo volume de vendas da carne bovina no mercado interno, estagnado pela crise da Covid-19 e pela queda no poder aquisitivo da população.

 

Nas praças paulistas, a semana começa com poucos negócios, informa a Scot. A cotação do boi gordo está estável na comparação com a última sexta-feira, cotado em R$ 317/@, preço bruto e a prazo.

 

As cotações da vaca e novilha gordas para abate também estão estáveis, negociadas por R$ 291/@ e R$306/@, respectivamente.

 

O bovino padrão-exportação (até 30 meses de idade) está em R$ 325/@ para rebanhos próximos da indústria, com boa qualidade e dependendo do tamanho do lote, informa a Scot.

 

Segundo apurou a IHS Markit, há relatos de plantas frigoríficos que voltariam ao mercado nesta semana.

 

“Porém, por conta da persistente falta de gado gordo no mercado, algumas indústrias aumentaram o período de férias coletivas, enquanto outras plantas que atendem exclusivamente o mercado interno resolveram encerrar as suas atividades”, observa a consultoria.

 

Ainda de acordo com IHS, entre as principais praças pecuárias do Brasil, chama a atenção a baixa capacidade instalada do parque industrial do Estado do Mato Grosso, por conta do processo de paralisação temporária das unidades frigoríficas locais. “Inclusive, há um caso de uma planta que atendia exclusivamente o mercado interno e resolveu encerrar as suas atividades”, ressalta a IHS.

 

Exportações em alta – O setor externo ainda apresenta demanda firme, por conta de fatores internacionais sanitários, climáticos e estruturais, que favorecem a exportação da proteína bovina brasileira.

 

“A notícia (divulgada nesta segunda-feira) de um surto de gripe aviária no continente africano oferece boas expectativas tanto para a exportação de carne bovina quanto para a carne de frango”, destaca a IHS.

 

Atacado estável – No atacado brasileiro, os preços dos principais cortes bovinos mantiveram-se estáveis nesta segunda-feira, 12. No curto prazo, o recebimento da massa salarial e do auxílio emergencial podem resultar em melhoria na demanda interna da proteína vermelha.

 

Além disso, diz a IHS, nos próximos dias, existe a possibilidade de uma maior demanda dos consumidores devido ao afrouxamento das medidas de isolamento social contra a Covid, permitindo uma melhor liberdade de comercialização aos setores ligados aos serviços de alimentação fora dos lares.

 

Cotações desta segunda-feira (12/4), segundo dados da IHS Markit:

 

SP-Noroeste:

boi a R$ 321/@ (prazo)

vaca a R$ 301/@ (prazo)

 

MS-Dourados:

boi a R$ 307/@ (à vista)

vaca a R$ 290/@ (à vista)

 

MS-C. Grande:

boi a R$ 305/@ (prazo)

vaca a R$ 291/@ (prazo)

 

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 305/@ (prazo)

vaca a R$ 291/@ (prazo)

 

MT-Cáceres:

boi a R$ 305/@ (prazo)

vaca a R$ 291/@ (prazo)

 

MT-Tangará:

boi a R$ 308/@ (prazo)

vaca a R$ 293/@ (prazo)

 

MT-B. Garças:

boi a R$ 303/@ (prazo)

vaca a R$ 293/@ (prazo)

 

MT-Cuiabá:

boi a R$ 307/@ (à vista)

Fonte: Ruralnewsms

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