Assassino de rapaz na Moreninha procura a polícia e entrega arma usada em crime

Se apresentou à polícia nesta sexta-feira (14) o autor do assassinato de Jefferson Aparecido Gonçalves, de 22 anos. O crime aconteceu durante uma briga na Avenida Baobá, em frente a uma praça ampla com campo de futebol, a cerca de 80 metros da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Moreninha.

O suspeito, de 23 anos, foi identificado horas depois do crime pelos policiais da 4ª Delegacia de Polícia Civil e era procurado desde a manhã de ontem. Hoje, compareceu acompanhado dos advogados a unidade policial. Ele confessou o crime e entregou a arma usada na execução, um revólver calibre 38.

Ao Campo Grande News, o delegado Nilson Friedrich, responsável pelo caso, explicou que em depoimento o rapaz alegou legítima defesa. Confirmou ter se desentendido com Jefferson, que a briga evoluiu para agressões e que no meio da confusão, na “intenção de se defender”, sacou o revólver e disparou.

Um tiro atingiu a cabeça de Jefferson. Ele foi socorrido por amigos até a UPA, mas já sem vida. Para a polícia, testemunhas afirmaram que a vítima e o autor discordaram durante uma negociação de drogas e por isso brigaram. Relataram também que o autor teria ido embora em um primeiro momento e chegou a tentar atropelar um grupo de pessoas que estava no local. Pouco depois voltou armado.

Depois de prestar depoimento, o rapaz foi liberado, já que não estava mais em situação de flagrante delito. O nome do suspeito não foi relevado pela polícia, mas a reportagem apurou que se trata de Vitor Hugo Lima Brandão.

Dono de uma extensa ficha criminal, Vitor estava em liberdade condicional por envolvimento no roubo de um Land Rover Discovery em agosto de 2017. Na época, ele e dois comparsas renderam uma família na Avenida Eduardo Elias Zahran e fugiram com o veículo de luxo. O crime, no entanto, não durou muito.

A polícia foi avisada e o trio foi perseguido até a Vila Moreninha. Houve troca tiros com a polícia. O caso terminou com a prisão de Vitor e do comparsa Lucas da Silva de Campo Gonzaga e com a morte do terceiro envolvido, Thyerri Silva de Campos.

No mesmo ano, o rapaz foi condenado a seis anos de prisão. No início de 2019 regrediu para o regime aberto. Em maio, ganhou a liberdade condicionou com algumas condições: como não sair de casa após às 20 horas, não frequentar ingerir bebidas alcoólicas em público, não se mudar, comparecer regularmente a justiça e não cometer novos crimes.

Agora, de polícia continua as investigações sobre homicídio de Jefferson e ouve testemunhas para confrontar a versão do suspeito. O caso é tratado como homicídio simples.

(CAMPO GRANDE NEWS)

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