Acidentes e prejuízos: prefeitos pedem revitalização da BR-060

Prefeitos de cidades do interior de Mato Grosso do Sul pedem a revitalização da rodovia BR-060, que protagoniza acidentes e mortes constantes por conta das péssimas condições. Nesta segunda-feira (9), a Assembleia Legislativa promoveu audiência pública para discutir soluções para o problema.

Os prefeitos querem investimentos na melhoria das condições de trafegabilidade da rodovia BR-060, trecho entre o trevo da BR-163 ao município de Chapadão do Sul. Proposto pelo presidente da Casa de Leis, deputado Paulo Corrêa (PSDB), o evento reuniu autoridades políticas da região, representantes da bancada federal, governo estadual e DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).

O Prefeito de Figueirão, Juvenal Consolaro, diz que existem diversas dificuldades na rodovia que liga cidades importantes de MS e será fundamental para a rota bioceânica no futuro. “Pedimos a revitalização, pois a obra foi abandonada pela empresa que estava fazendo o tapa-buracos. Agora, temos trechos extremamente perigosos.”

Já o prefeito de Chapado do Sul, João Carlos Krug, diz que o município usa diariamente a rodovia para transportar pacientes a Campo Grande, e que empresas de calcário e de agricultura também aumentaram o tráfego para escoar a produção.

 

“A gente entende que é uma rodovia prioritária para MS. Aumentou o tráfego e, para nós da região, a BR-060 é essencial para o transporte de pacientes, escoamento de produtos. Precisamos que seja recapeada e que seja feito acostamento. A obra está abandonada e necessita de recuperação.”

(Prefeito de Chapadão do Sul, Carlos Krug. Foto: Ray Santa Cruz)

Para Krug, é fundamental que a bancada federal envie recursos via emenda parlamentar para início das obras. Mas diz que o Denit deve tapar os buracos com urgência para atender a demanda. Ele aponta que os buracos são o problema maior. “A gente quer o recapeamento completo, acostamento e terceira pista.

 

O objetivo do grupo é formatar uma carta a ser entregue ao ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio.

Presidente da Aprosoja, Jorge Miguel, diz que a pista liga Chapadão a Capital e a demanda de escoamento de produtos é intensa. “Hoje passa cerca de 24 mil caminhões e a pista não estava preparada. O alto número de buracos e condições ruins causam prejuízos.Esse problema encarece o frete, e manutenção. Prejudica o escoamento da produção e essa conta chega no consumidor final.”

 

(Presidente da Aprosoja, Jorge Miguel. Foto: Ray Santa Cruz)

O que diz o DNIT?

O diretor de DNIT, Euro Nunes Varanis Junior, afirma que a rodovia nunca teve acostamento e que está sendo feito um projeto de revitalização. Até o fim do ano será licitado. “Estamos fazendo esse projeto de restauração e que vai incluir o acostamento. A ideia é fazer esse projeto para licitar até o fim do ano e dar início a essas obras ano que vem. Avaliamos inicialmente um custo de R$42 milhões”.

Ele reforça que é essencial captar recursos federais e que já foram recuperados 91 km da pista.

 

Diretor do DNiT

(Diretor do DNIT, Euro Nunes. Foto: Ray Santa Cruz)

O que diz o Governo do Estado?

Secretário de Estado e Infraestrutura, Renato Marcílio, informa que a pasta não consegue resolver o problema da BR-060 porque cada entidade tem sua área de jurisdição. E, neste caso, por se tratar de rodovia federal, não compete ao Estado.

 

“O Estado apoia (a iniciativa dos prefeitos), mas não tem como fazer intervenção e nem melhorias. O que podemos fazer é ‘engrossar o couro’ para tentar trazer soluções. Mas estamos de mãos atadas.”

FONTE: CONTEUDO MS

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