Renovação na Câmara de Campo Grande pode ficar em torno de 50%

Neste sábado, 4, termina o prazo de mudança partidária para quem tem intenção de disputar as próximas eleições para as Câmaras Municipais. Essa brecha aberta pela legislação, e que ficou conhecida como janela partidária, foi aproveitada por diversos vereadores de Campo Grande que trocaram de legenda pensando em melhorar as suas chances de reeleição, sabendo que enfrentarão numerosa e competitiva concorrência.

De olho neste cenário, a Ranking Comunicação e Pesquisa estudou as consultas de intenção de voto que realizou até agora e com a leitura da conjuntura política local elaborou uma projeção sobre prováveis cenários nos resultados da disputa eleitoral na capital de Mato Grosso do Sul. Segundo o estudo, o índice de renovação das 29 cadeiras na Câmara deve ficar em torno dos 50%. A base dos estudos, foram os números divulgados das pesquisas regidstradas: MS-05366/2020 e MS-03924/2020​.

Por não conseguirem cumprir algumas exigências da nova legislação, como a falta ou insuficiência numérica de representação parlamentar para ter direito ao horário de propaganda eleitoral gratuita, ou não conseguirem montar legenda com bons nomes como pré-candidatos, 14 partidos correm o risco de não eleger um único vereador ou vereadora. São eles: DC (Democracia Cristã), PCB (Partido Comunista Brasileiro), PCdoB (Partido Comunista do Brasil), Pros (Partido Republicano da Ordem Social), PL (Partido Liberal, ex-Partido da Republica), PMB (Partido da Mulher Brasileira), PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado), PCO (Partido da Causa Operária), PMN (Partido da Mobilização Nacional), PRTB (Partido Renovador Trabalhista Brasileiro) PTC (Partido Trabalhista Cristão), PSOL (Partido Socialismo e Liberdade), Cidadania (ex-PPS) e o novato UP (Unidade Popular).

Com a previsão de ter no mínimo um representante na Câmara Municipal em Campo Grande, em 2020 estão o PV (Partido Verde), Novo, PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), Rede Sustentabilidade, PSC (Partido Social Cristão), PDT (Partido Democrático Trabalhista), PP (Progressistas), SD (Solidariedade), PSL (Partido Social Liberal e PT (Partido dos Trabalhadores).

A possibilidade de fazer de dois a três vereadores (as) está na conta do Republicanos, Patriota, Podemos, MDB (Movimento Democrático Brasileiro), Avante (antigo PTdoB) e DEM (Democratas).

De acordo com as projeções da Ranking, as agremiações que têm as melhores chances de eleger as maiores bancadas são o PSD (Partido Social Democrata), do prefeito Marquinhos Trad, e o PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), do governador Reinaldo Azambuja. Estes dois partidos, devem fazer de cinco a sete vereadores cada.

BANCADAS HOJE

Com o troca-troca assegurado pelas janelas partidárias, a distribuição das cadeiras na Câmara Municipal de Campo Grande ficou assim: PSDB (8 vereadores); PSD (5); MDB (3), Avante (2), DEM (2), PSB (2), Republicanos (2), PT (1), Solidariedade (1), Rede (1), PTB (1) e PP (1).

Mudaram de partido: Ademir Santana, saiu do PDT e foi para o PSDB; Cida Amaral, do Pros para o PSDB; Darlengh Campos, do PP para o MDB; Eduardo Cury estava sem partido e assinou a ficha do DEM; Júnior Longo, do PSB voltou para o PSDB; Odilon Júnior, do PDT para o PSD; Otávio Trad, do PTB para o PSD; André Salineiro, do PSDB para o Avante; Valdir Gomes, do PP para o PSD; William Maksoud, do PMN para o PTB.

O levantamento da Ranking calcula que a legenda partidária para garantir uma vaga na Câmara Municipal deve ficar em torno de 15 mil votos. Porém, com a nova legislação é possível eleger vereadores com a maior sobra, mesmo sem o coeficiente da legenda. Esse número pode variar. Entretanto, os especialistas da Ranking apontam que as maiores sobras podem ficar entre 10 a 14 mil votos. Para que a vaga seja garantida por cada partido é necessário que o candidato tenha ao menos 10% dos votos de uma legenda.

TSE REAFIRMA QUE CALENDÁRIO ELEITORAL SERÁ MANTIDO

No âmbito do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), neste momento ainda há plenas condições materiais de cumprimento do calendário eleitoral, apesar da crise sem precedentes no sistema de saúde do país causada pela pandemia do novo coronavírus.

Além das medidas já adotadas para adequar rotinas à nova realidade e seguir as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e das autoridades médicas e sanitárias – entre as quais a restrição da circulação de público no Tribunal, a suspensão de eventos, o trabalho remoto, o incremento das votações pelo Plenário Virtual, a suspensão de prazos processuais – por meio da Resolução 23.615/2020, e a implantação da possibilidade de realização de sessões por videoconferência a partir da próxima semana, o Tribunal segue orientando suas ações no sentido do estrito cumprimento das etapas do calendário.

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