Pesquisadores encontram navio naufragado possivelmente anterior ao ano de 1.500 no Amazonas

Descoberta pode alterar a história do Brasil e internacional ao evidenciar que o local onde a embarcação foi encontrada pode ter sido um dos portos de Ratanabá, a capital do mundo.

A história do Brasil e até internacional poderá ser revista caso se confirme a datação do período pré-cabralino de um navio naufragado, encontrado por pesquisadores da Associação Dakila Pesquisas, num rio do município de Apuí (AM). A equipe identificou a embarcação por meio de sonar e de sondas com câmeras acopladas. Nas margens do local, ribeirinhos acharam utensílios muito antigos com escritas identificando diferentes localidades, como a Holanda, louças bem elaboradas e diversas garrafas, uma delas com a data do ano 1000 e outra de 1415. A expedição ocorreu entre os dias 22 e 26 de novembro.

“Tudo indica que o local onde encontramos o navio foi utilizado como um pequeno porto e que várias embarcações estiveram lá antes de 1.500, data registrada como o descobrimento do Brasil por Pedro Álvares Cabral. Voltaremos com equipamentos de mergulho para investigar de perto e, caso fique comprovado que a embarcação é pré-cabralina, será uma das maiores revelações de conhecimento da atualidade, pois pode se tratar de um dos portos de Ratanabá, a capital do mundo, localizada na Amazônia brasileira”, afirma Urandir Fernandes de Oliveira, presidente da Associação Dakila Pesquisas e CEO do Ecossistema Dakila.

Embarcação naufragada localizada pelo sonar

Além de utensílios e garrafas, os moradores do local próximo ao naufrágio também acharam objetos metálicos, canos de armas, espadas, ferro de passar roupa, pedaços de machado, tesoura e até um prisma ótico para fazer projeção, medição de terra e inversão de imagens. Muitos deles possuem data. Os objetos estavam aflorados nas margens do rio devido à baixa das águas.

Garrafa com antiga datação

Os pesquisadores também estão em busca de outros navios naufragados no mesmo rio. Segundo relatos dos ribeirinhos, um destes barcos tem “rabo de escorpião”, típico das embarcações vikings.

Durante a expedição, a equipe encontrou nas margens do rio grandes pedras com cortes perfeitamente encaixados, ângulos retos e desenhos simétricos. “A maior delas está ao contrário da corredeira do rio, o que é um desafio para a física porque ela deveria tombar com a força da correnteza. Tudo indica que ela foi realmente colocada no local e acreditamos ser um sinalizador de Ratanabá”, explica a pesquisadora Fernanda Lima.

O arqueólogo Saulo Ivan Nery disse que estas pedras podem ter alguma função magnética. “Tem uma anomalia no local. Lá o GPS e a bússola ficam desorientados. Essa formação granitoide gera um certo campo eletromagnético. Voltaremos lá com aparelhos magnéticos para verificar”, disse Nery, lembrando que viu formações rochosas parecidas em São Gabriel da Cachoeira (AM).

Os pesquisadores visitaram ainda uma antiga Vila dos Seringueiros, onde tinha uma capela destruída, com telhas que vieram de Portugal, pedaços de trem de ferro abandonado e cemitérios.

Além de pesquisar sobre evidências de Ratanabá, a viagem teve como objetivo montar uma nova base de apoio da Dakila Pesquisas na região e fazer um resgate da memória local dos povos. Com estação de rádio, internet e telefone via satélite, a base também beneficia os moradores da região. A associação conta com outras 16 estruturas não só no estado do Amazonas como também em Rondônia, Amapá, Roraima e Acre.

Os dados coletados em campo serão transformados em projetos e submetidos a órgãos governamentais. Todo o material encontrado pelos moradores locais continua no município e foi feita uma educação patrimonial, orientando-os sobre o valor histórico dos achados.

Ratanabá

Após 30 anos de buscas e estudos, Dakila Pesquisas confirmou a descoberta de trecho de Ratanabá em Apiacás, no Estado do Mato Grosso (MT). Em agosto deste ano, foi divulgada análise do mapeamento feito com a tecnologia LiDAR (Light Detection And Ranging) no local, em live no canal do YouTube da associação. Captada por avião, a tecnologia utiliza pulsos de laser capazes de penetrar na vegetação sem precisar desmatar a floresta.

Conhecida como Linhas de Apiacás, o sítio arqueológico apresenta vários padrões simétricos que podem ser vistos a olho nú. Aparentemente, as linhas se tratam de quadras e ruas. Segundo datação realizada com chumbo pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), em Rio Claro (SP), o grupo de rocha em que as Linhas de Apiacás está assentado tem cerca de 1.5 bilhão de anos.

Estudos científicos mostram que não há falhas geológicas na região, o que descarta ser um padrão natural. Além disso, levantamentos topográficos e das bacias hidrográficas realizados pelo Exército Brasileiro e pelo Instituto Brasileiro de Geografia, utilizados num estudo comparativo com as imagens do LiDAR, confirmaram a intervenção humana.

A região monitorada pelo LiDAR nas Linhas de Apiacás possui 95 hectares e apresenta cerca de 30 quadras e 30 ruas. As estruturas das quadras têm, no mínimo, 50 metros de altura em relação ao solo.

De acordo com estudos realizados pela Dakila Pesquisas, Ratanabá foi a capital do mundo, construída pela civilização pré-diluviana Muril, e sua extensão vai além da Amazônia Brasileira, com ramificações por todos os continentes do planeta.

Imagem em destaque: Os pequisadores Urandir e Fernanda e o arqueólogo Saulo percorrendo um rio nas proximidades de Apuí (AM).

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