Desembargadora goiana nega liberdade a sócio de traficante preso em MS

A Justiça negou mais um pedido de liberdade a Charles Miller Viola, 46, apontado como sócio e operador dos negócios do narcotraficante Luiz Carlos da Rocha, o “Cabeça Branca”.

Ele foi preso no dia 16 de agosto deste ano em Mato Grosso do Sul durante a Operação Chacal, do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), depois de viver por duas décadas na fronteira usando identidade falsa.

Dessa vez, Charles tentou habeas corpus no processo em que foi condenado a 12 anos de prisão por homicídio em Goiás, em 1998. Depois de seis meses preso naquele Estado, ele conseguiu liberdade e fugiu para a fronteira, onde passou a viver com o nome de Carlos Roberto da Silva.

Conforme informações do Campo Grande News, o pedido de habeas corpus, a advogada de Charles Viola apontou “nulidade absoluta” do processo por suposta falha na intimação do réu através de edital.

A defesa alega ainda que não houve tentativa de intimação no último endereço conhecido no processo e o edital de intimação “não atendeu aos requisitos legais”, bem como Charles não teria sido intimado a constituir novo defensor.

Por fim, a defesa pediu a soltura do preso e que Charles fosse colocado “sob monitoramento eletrônico” e retorno do processo ao estágio de recebimento do recurso contra a pronúncia, ou seja, antes mesmo do julgamento pelo tribunal do júri.

Entretanto, a desembargadora Carmecy Rosa Maria Alves de Oliveira negou o habeas corpus por não ver “quadro de ilegalidade” suficiente para a anulação. O habeas corpus ainda será analisado em plenário por todos os desembargadores da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Goiás.

Documento falso – No mês passado, a Justiça de Mato Grosso do Sul aceitou denúncia do Ministério Público por crime de uso de documento falso contra Charles Miller Viola. Ele está preso na Penitenciária de Segurança Máxima da Gameleira em Campo Grande.

O sócio de Cabeça Branca foi preso na BR-163, entre os municípios de São Gabriel do Oeste e Bandeirantes, quando voltava do Mato Grosso.

Na denúncia por uso de documento falso, o promotor Daniel Higa de Oliveira cita que Charles Miller Viola usava identidade falsa há duas décadas, período em que foi preso e condenado pela Justiça Federal por lavagem de dinheiro.

No flagrante por uso de documento falso, Charles afirmou que morava no bairro Parque dos Ipês II, em Ponta Porã, mas também mantinha residência em uma mansão em condomínio de luxo em Dourados. A casa onde vivem a mulher e os dois filhos dele foi alvo de buscas de policiais do Dracco no dia 17 de agosto.

 

Fonte: Conteúdo ms

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