Analista de desempenho desvenda segredos dos adversários da seleção masculina na reta final do Campeonato Mundial

Analista de desempenho desvenda segredos dos adversários da seleção masculina na reta final do Campeonato Mundial
Henrique Modenesi está na Comissão Técnica da seleção masculina desde 2017 (Créditos: Divulgação/CBV)

A preparação da seleção masculina para uma competição como o Campeonato Mundial requer muito suor, em treinos físicos e táticos. Mas também muito estudo. É aí que entra o trabalho de um integrante da comissão técnica com jeito de espião. O analista de desempenho Henrique Modenesi mapeia os adversários, desvenda segredos e coleta informações que podem mudar o destino de uma partida. Só este ano, ele já analisou cerca de 151 jogos de competições como a Liga das Nações, a Copa Pan-Americana, a Challenger Cup, Amistosos e o próprio Mundial, produzindo um total de 1020 páginas de conteúdo divididos em 34 relatórios. Dados valiosos para a equipe de Renan dal Zotto, que na terça-feira (6.9) enfrenta o Irã, às 16h (de Brasília), pelas oitavas de final da competição, na Polônia.

“A rotina é pesada. Tem noites que o trabalho se estende pela madrugada, para preparar o material para cada partida. Estudo o modo de jogo dos times que enfrentaremos, e preparo um relatório com detalhes sobre o desempenho em cada fundamento, onde sacar e a distribuição do levantador adversário. Assim, a comissão técnica e os jogadores podem definir a estratégia para cada situação”, explica Modenesi, que trabalha como analista de desempenho desde 2009 e chegou à seleção brasileira em 2017, a convite de Renan Dal Zotto. “Para seguir essa carreira, é primordial entender de vôlei, para analisar os fundamentos – saber o que é um passe A, um passe B, um bom levantamento, as direções de ataque, de saque, as distribuições do levantador, viradas de bola, break point. Tudo isso é a base para operar os softwares que fazem a compilação dos dados e os relatórios”.

Durante as partidas, Henrique também entra em ação, passando informações em tempo real para o banco da equipe brasileira. “Nos jogos, vou codificando e gerando relatórios para o banco de reservas, em tempo real. Eles conseguem comparam as informações do pré-jogo com o que está acontecendo. Quando a partida termina, comparamos tudo. Assim, vamos recalculando a rota”, diz o analista, que demora cerca de duas horas para “dissecar” cada jogo.

Para Júlia Silva, gerente de seleções da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), o papel do analista de desempenho é primordial para a performance da equipe. “O nível técnico das equipes melhorou muito e hoje não há equipe imbatível. assim, cada análise da nossa equipe e dos adversários é vital para a estratégia do treinador”, diz Júlia.

Renan Dal Zotto concorda. “A função do analista de desempenho não se limita a uma leitura do jogo do adversário. Ele também pauta a comissão técnica sobre como aperfeiçoar os treinamentos, sabendo os pontos que podem ser melhorados. São números importantes na preparação de cada jogo. O material preparado pelo Henrique nos dá subsídios para trabalhar a semana inteira, e não somente em um jogo específico”.

Para a disputa do Campeonato Mundial, o técnico Renan convocou os levantadores Bruninho e Fernando Cachopa; os opostos Darlan, Felipe Roque e Wallace; os centrais Flávio, Leandro Aracaju e Lucão; os ponteiros Adriano, Leal, Lucarelli e Rodriguinho; e os líberos Maique e Thales.

CAMPEONATO MUNDIAL

PRIMEIRA FASE

26.08 – BRASIL 3 x 2 Cuba (31/33, 21/25, 25/16, 25/17 e 18/16)
28.08 – BRASIL 3 x 0 Japão (25/21, 25/18 e 25/16)
30.08 – BRASIL 3 x 0 Catar (25/13, 25/23 e 26/24)

OITAVAS DE FINAL

06.09 – BRASIL x Irã, às 16h (de Brasília) – Transmissão sportv2

O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do voleibol brasileiro 

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