Witzel afirma que ‘jamais’ renunciará ao cargo; Alerj decide sobre impeachment

RIO – Às vésperas da sessão da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) que vai decidir nesta quarta, 23, se abrirá ou não processo de impeachment, o governador afastado Wilson Witzel (PSC) descartou, pelo Twitter, que vá renunciar ao mandato. “Jamais renunciarei”, escreveu na segunda, 21, o ex-juiz, eleito em 2018 com um discurso de direita em que pregava linha dura com os criminosos.

“Em 1 ano e 7 meses de gestão, fiz muito pelo Estado: salários em dia; ampliação dos programas de segurança; aumento da carga horária dos professores, investimentos robustos em ensino e pesquisa; dentre outras realizações”.

Ainda via Twitter, Witzel afirmou que a vida o “forjou nos desafios”. Alegou que foi um menino pobre, filho de uma doméstica e de um metalúrgico. “Resistirei”, anotou. “Politicamente, minha história está apenas começando. Juridicamente, minha absolvição e retorno imediato ao cargo no qual o povo me colocou é o único caminho possível.”

Witzel também falou do ponto crítico do processo de impeachment: a requalificação, assinada por ele, da organização social Unir Saúde. A entidade estava proibida de firmar contratos com o Estado por suspeitas de irregularidades. A Unir teria como sócio oculto o empresário Mário Peixoto, acusado de envolvimento em escândalos de corrupção na área de Saúde, durante a pandemia. Peixoto nega as acusações. Empresas ligadas a ele teriam contrato com a banca de advocacia da mulher do governador, Helena Witzel. O governador nega as conexões.

 

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