Trutis cogita sair para governador e “representar a direita”

Em meio às alianças voltadas ao centro do espectro político nas duas pré-candidaturas (de Eduardo Riedel-PSDB e Marquinhos Trad-PSD) mais consolidadas ao governo de Mato Grosso Sul até a agora, o deputado federal Loester Trutis (PSL), avalia mudar trocar o plano de trocar a reeleição por um mais ousado: candidatar-se ao governo, empunhar a bandeira da direita nas eleições do próximo ano.

“Como meu jogo é muito claro, naõ tenho problema nenhum de falar para qualquer cidadão que pergunte. Meu sonho é ser governador!”, disse Loester Trutis ao Correio do Estado.

A consolidação dos planos de Trutis, porém, dependem dos planos da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, para as eleições do próximo ano, e da autorização – segundo ele – do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).

 

O “Plano B” de Trutis, que pode virar um “Plano A” a partir de 15 de janeiro, data que ele estipulou como limite para tomar as decisões quanto ao seu futuro, dependem das seguintes condicionantes.

Como tudo indica, se a ministra da Agricultura candidatar-se ao Senado (algo que ela não esconde de mais ninguém), Trutis disse que pedirá autorização para Bolsonaro, para candidatar-se a governador em Mato Grosso do Sul.

“Estou bem animado (para 2022) sim. Para você ter uma ideia, eu estou tão animado, que se o presidente Bolsonaro falar que minha decisão não atrapalha.”

“Aminha vontade hoje era não ficar (nem mesmo) no PL, para justamente não sair a deputado federal. Minha vontade era ajudar de uma outra forma”, afirmou.

No caso de Tereza Cristina ser a vice-presidente de Jair Bolsonaro na chapa do presidente à reeleição, Trutis avalia ocupar a vaga de disputa ao Senado.

Se o presidente Jair Bolsonaro, segundo ele, tiver outros planos, o deputado federal tentará buscar um segundo mandato.

DIREITA REPRESENTADA

Além de não ter se decidido sobre a disputa de uma eleição proporcional ou majoritária, Trutis disse que trabalha em um plano de uma chapa de direita “puro sangue”, nem que ele seja o cabeça de chapa.

“Eu não vejo (no cenário atual) ninguém que represente a direita de Mato Grosso do Sul”, exemplificou.

Atualmente, a ministra Tereza Cristina – para a qual Trutis faz muitos elogios e diz ser seu apoiador – tem cumprido várias agendas juntamente com o pré-candidato do PSDB ao governo de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel.

O arranjo que está sendo feito na candidatura Tucana, é que Tereza apoie Riedel, e vice-versa nas próximas eleições.

Do outro lado, Marquinhos Trad (PSD), também tem ampliado seu espectro. Não tem criticado a direita e nem a esquerda, em busca de votos dos eleitores dos dois lados.

Para que seus planos deêem certo, Trutis disse que fará a única coisa certa em seu destino político até agora: deixar o PSL, partido que será o União Brasil, após a consolidação da fusão com o DEM. Por enquanto, Trutis negocia com o PL, e com partidos menores.

“Conversei com alguns partidos pequenos em Brasília, e eles estão dispostos a me dar legenda para qualquer cargo que eu queira disputar”, disse o deputado federal.

Sobre o PL, Trutis reconhece que lá, por causa da grande estrutura, talvez seja mais difícil disputar um cargo que não seja a reeleição para deputado federal.

“O PL Nacional já me fez o convite, assim como fez para outros 30 parlamentares da base do presidente, e a gente está aguardando chegar a segunda quinzena de janeiro para oficializar”, lembrou o deputado.

Acusações

Réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por falsa comunicação de crime, por ter simulado um atentado contra si em fevereiro de 2020, Trutis diz que as acusações não devem atrapalhar muito seus planos.

“Eu sou daquela opinião que só árvore que dá fruto leva pedrada. Dos oito (deputados) ali (da bancada de MS), eu sou o único ponto fora da curva, que não é político tradicional”, afirmou o deputado.

“O presidente Bolsonaro também apanha 24 horas por dia”, compara.

Trutis não tem dúvidas que as acusações serão utilizadas contra ele na campanha, e diz ter acabado de encerrar um período de viagens por todos os municípios de Mato Grosso do Sul.

“A gente vê uma realidade em sites que recebem dinheiro de políticos, mas na rua a realidade é outra. Almoço, tomo café da manhã na casa de apoiadores, tenho sido muito bem recebido”, afirma.

FONTE: CORREIO DO ESTADO

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.