Traçado de ferrovia pode influenciar expansão urbana e gerar desapropriações em Dourados

Dourados pode ter a expansão urbana limitada e porções de propriedades rurais desapropriadas por causa de parte do traçado da Nova Ferroeste. Além disso, o projeto do traçado teve a inclusão de alternativa para distanciar os trilhos do Quilombo Dezidério Felipe de Oliveira, localizado no distrito da Picadinha.

Esses dados constam no Estudo de Impacto Ambiental do empreendimento Ampliação e Revitalização da Estrada de Ferro Paraná Oeste, EF 277, Corredor Oeste de Exportação, a Nova Ferroeste, realizado pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e já aprovado pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Clique aqui para conferir!

Conforme o documento, o eixo da Nova Ferroeste deve ter 1.291,06 quilômetros de extensão, entre Maracaju, maior produtor de soja e milho de Mato Grosso do Sul, até Paranaguá, no Paraná, onde fica o porto que mais exporta a produção do agronegócio brasileiro, além de ramais em Foz do Iguaçu e Cascavel, outros dois municípios paranaenses.

Toda essa extensão intercepta aproximadamente 2.655 estabelecimentos agropecuários que perfazem uma superfície total de 360,1 mil hectares, dos quais 157,1 mil hectares na região intermediária de Dourados, onde estão os oito municípios sul-mato-grossenses contemplados pelo empreendimento – além de Dourados e Maracaju, Itaporã, Caarapó, Amambai, Iguatemi, Eldorado e Mundo Novo. Das 21 estruturas locais afetadas, são seis domicílios ocupados, dois não ocupados, 10 galpões e três outras estruturas não detalhadas.

O estudo prossegue afirmando que de Guarapuava, no Paraná, “a preocupação com as restrições ao planejamento urbano atinge outros municípios em que, via de regra, a ferrovia atravessaria áreas lindeiras ao perímetro urbano municipal, como são os casos de Dourados e Mundo Novo (Trecho I)”, em Mato Grosso do Sul.

 

Conteúdoms

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