Tarifa de ônibus fica mais cara e usuários reclamam da qualidade do transporte coletivo

Valor da tarifa de ônibus passou para R$ 4,65 partir desta quarta-feira (1º) – Gerson Oliveira / Correio do EStado

A tarifa do transporte coletivo de Campo Grande ficou mais cara nesta quarta-feira (1º), passando de R$ 4,40 para R$ 4,65.

O aumento desagradou aos usuários, que reclamam que o serviço prestado não é de qualidade o suficiente para justificar a passagem cara.

A estudante Isabely Maria de Almeida Rodrigues, 20 anos, utiliza o transporte para ir ao estágio e criticou de forma veemente o aumento da tarifa.

“Tinha que voltar a época que não era um consórcio, porque pelo menos parecia menos pior assim, não estava tão sucateado, não estava tão cheio”, disse.

“É um transporte totalmente sem qualidade, parece que nunca lavaram esses ônibus, sempre sujo, sempre lotado, não colocam mais linhas para os lugares que realmente precisam, tem ônibus de uma em uma hora, as vezes quebra”, criticou.

“No horário de pico, principalmente, às vezes você chega a ficar horas esperando o outro, às vezes você não consegue entrar em ônibus de tão lotado”, concluiu.

Thayná Antunes Ribeiro, também estudante, 20 anos, também afirmou que o serviço prestado pelo Consórcio Guaicurus precisa melhorar para justificar o aumento da passagem.

Diogenes Nardi, 60, tem o cartão que garante a gratuidade no transporte coletivo, que é para pessoas com 60 anos ou mais.

Mesmo sem pagar a tarifa, ele reclama da qualidade do transporte público da Capital.

“Está ruim, está péssimo, tem pouco ônibus”, disse.

Nardi utiliza o transporte público para o dia a dia, como fazer compras, circular e para se deslocar para atendimento médico.

Ele reclama também da má conservação dos ônibus e da estrutura precárias dos veículos que circulam e da demora.

Passagem mais cara

A tarifa do transporte coletivo de Campo Grande ficou mais cara a partir desta quarta-feira (1º), no valor de R$ 4,65.

O reajuse foi aprovado no dia 14 de fevereiro e a homologação foi publicada no Diário Oficial do Município desta terça-feira (28), pela Agência Municipal de Regulação dos Serviços Púlicos (Agereg).

O valor pago pelos usuários é R$ 0,25 mais caro do que o anterior, de R$ 4,40.

Já a tarifa cobrada referente aos órgão públicos é de R$ 5,80, o mesmo definido como tarifa técnica.

A tarifa técnica representa o valor que é cobrado do público mais o subsídio (verba pública) que é repassado para o concessionário.

Para chegar ao valor final aos usuários, o Consórcio Guaicurus receberá pelo menos R$ 23 milhões em subsídio do poder público.

A Prefeitura de Campo Grande manterá os R$ 13 milhões anuais como subsídio referente as gratuidades de alunos da Rede Municipal de Ensino, idosos e pessoas com deficiência.

O Governo do Estado repassará R$ 10.017.180,00 para arcar com os custos dos alunos da Rede Estadual de Ensino que usam o trasnporte público

Além disso, a prefeita Adriane Lopes (Patriota) disse que busca também subsídio do governo federal.

No ano passado, foram transferidos recursos para pagar por parte da gratuidade aos idosos, prevista em lei.

Além disso, a Câmara Municipal de Campo Grande aprovou, no dia 14 de fevreiro, isenção do Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN) ao Consórcio Guaicurus.

Os parlamentares criticaram a qualidade do trasnporte na ocasião, mas disseram qeu aprovariam a fim de evitar que a cobrança fosse repassada aos usuários, o que representaria um aumento significativo na tarifa.

 

FONTE CORREIO DO ESTADO

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