Sete anos após Joesley delatar, Lula vai à JBS e critica a “mentira”

| Créditos: Agência Brasil / Montagem BNews

 

Lula visitou nessa sexta-feira uma indústria de processamento de carne da JBS, elogiou os irmãos Joesley e Wesley Batista e pregou contra “a mentira, a maldade e a intriga”. Disse Lula, num dado momento de seu discurso:

“Eu, se pudesse, ia fazer um decreto, ‘é proibido mentir. Quem mentir, quem mentir vai ser preso’. Porque a gente não pode viver subordinado a mentira, a gente não pode viver subordinado a maldade, a gente não pode viver subordinado a intriga”.

Houve quem, na plateia, tenha ficado desconfortável nesse momento, não sabendo exatamente a que Lula se referia. Sete anos atrás, Joesley, ao fechar sua delação premiada com a Procuradoria-Geral da República, relatou ter feito pagamentos que chegaram a US$ 150 milhões em propina “em favor” de Lula e Dilma Rousseff, mediante depósitos em contas distintas no exterior.

Segundo Joesley contou na época, as tratativas do dinheiro de Lula e de Dilma era feito com Guido Mantega. Joesley contou ainda que levava periodicamente um extrato das contas para o ministro. “Dizia ele que ia mostrar para o Lula ou ia mostrar pra Dilma. E fica com aquele papel”, contou.

Certa vez, o procurador da República Ivan Marx disse que o relato era “incompro00vável”, e que Joesley nunca havia entregado provas desse relato. A defesa do empresário reafirmou na época que ele não mentira.

Marx apontou uma série de incongruências na história sobre as contas de Lula e Dilma — a primeira delas é que as tais contas sempre estiveram no nome do próprio Joesley, que era o único a operá-las.

Na época das revelações da delação de Joesley, as defesas de Lula e Dilma se manifestaram.

“Verifica-se nos próprios trechos vazados à imprensa que as afirmações de Joesley Batista em relação a Lula não decorrem de qualquer contato com o ex-presidente, mas sim de supostos diálogos com terceiros, que nem sequer foram comprovados”, disse a nota divulgada pelo então advogado Cristiano Zanin.
A assessoria de Dilma Rousseff disse que eram “improcedentes e inverídicas as afirmações do empresário”. A nota dizia que Dilma rejeitava “delações sem provas ou indícios”.

Em resumo: chamaram de mentira.

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