‘Reclamações sobre empresa de energia são comuns’, afirma vereador de Campo Grande
Serviços de fornecimento de energia são motivo de reivindicação em Campo Grande. Segundo o vereador Beto Avelar (PSD), “receber reclamações sobre o serviço e a cobrança tarifária da empresa de energia é uma das coisas mais comuns para os vereadores”.
Além de ser a campeã em reclamações dos consumidores em Mato Grosso do Sul, a Energisa — concessionária de energia que atende 74 municípios de MS — possui 1.318 queixas registradas no Procon-MS. O número é 24,5% maior que o total registrado em todo o ano de 2020.
Sobre os mais de R$ 11 milhões em multa compensatória para clientes, pela interrupção da energia entre setembro de 2020 e agosto de 2021, o vereador acredita ser uma forma de “reparação do direito violado do consumidor”. “Se dói no bolso do cliente, tem que doer também no bolso da empresa também para que a falha não aconteça mais”, afirmou.
Após matéria questionando os vereadores da Câmara de Campo Grande, Beto disse ao Jornal Midiamax que “é necessário aumentar os investimentos para ampliar o fornecimento de energia”. Considerando a situação causada pelos temporais da cidade, o vereador acredita que a medida dá “maior qualidade no atendimento ao consumidor que é quem paga a conta, mas ainda é a parte mais frágil na relação”.
Já o vereador André Luis (Rede) destacou que a “gente não quer multa, nós queremos que não tenha problema”. Um projeto de lei que obriga a adoção de fiação subterrânea foi protocolado na Câmara, segundo André.
“O problema, na verdade, é basicamente as árvores caindo nos fios de energia, se os fios fossem embutidos, esses problemas não existiriam”, explicou. Assim, acredita que os problemas seriam minimizados, já que “o problema que a gente vive hoje, vai se repetir várias vezes daqui para frente com essas mudanças ambientais”.
Por fim, o vereador Willian Maksoud (PTB) destacou que “os pagamentos de compensação por falta de energia são mecanismos previstos em regulamentação federal”. Além disso, esclareceu que a multa “não tem ligação com o gravíssimo evento climático ocorrido na última semana”.
O vereador pontuou ainda que a maior parte das redes elétricas do Brasil são expostas. Assim, “sempre serão afetadas por árvores e objetos lançados à rede”. Então, considerando este fator e o temporal que atingiu MS, Willian afirmou que a empresa se “mostrou comprometida” nos reparos.
Do outro lado:
“Em Nota, a Energisa afirmou que o citado valor não tem relação com multa e, em nada tem a ver, com atuação da concessionária durante a tempestade. O montante está relacionado ao pagamento de compensações financeiras, diretamente ligado aos indicadores de transgressão dos limites de continuidade (interrupção de energia). Essa compensação é prevista em regulamentação pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) para todas as distribuidoras do país.
Em complemento, a distribuidora reforça ainda que 80% das ocorrências durante o temporal da última sexta-feira (15) foram provocadas por queda de árvores, o que comprometeu, e muito, o tempo de restabelecimento do fornecimento de energia após o forte temporal.”
FONTE: MIDIAMAX