Porto Primavera retoma normalidade e água começa a baixar em fazendas de Batayporã

Áreas de sete fazendas às margens dos rios Paraná e Bahia ficaram alagadas depois da abertura das comportas de Porto Primavera

Depois de 70 dias, a Companhia Energética de São Paulo (Cesp) voltou a liberar apenas 7,5 mil metros cúbicos de água por segundo na barragem da Unisa Hidrelétrica Sérgio Motta. Isso significa que a operação voltou à normalidade, conforme nota da assessoria da empresa.

A normalidade do funcionamento aconteceu na terça-feira e por conta disso a água finalmente começou a baixar nas fazendas que desde o começo de março estão alagadas no município de Batayporã. A informação de que as pastagens começaram a ressurgir é do coordenador da Defesa Civil de Batayporã, o bombeiro Gilberto Batista dos Santos.

Por conta do excesso de chuvas em estados como Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso do Sul, a liberação extra de água começou no dia 18 de janeiro na represa de Porto Primavera e somente nesta semana retomou a normalidade. Esta foi a primeira vez que a usina manteve as comportas continuamente abertas por um período tão prolongado, conforme a assessoria.

Porto Primavera é a última de uma série de 16 usinas grandes ou médias localizadas na bacia do Rio Paraná e todas tiveram de liberar água que sobrou durante o período de chuvas ao longo do último verão.

Inicialmente a vazão chegou a 12 mil metros cúbicos por segundo, mas teve dias em que a chegou a 14 mil metros cúbicos, praticamente o dobro da vazão considerada normal.

E por conta disso, sete fazendas foram tomadas pela água, principalmente porque o Rio Bahia ficou represado pelo Rio Paraná e invadiu as propriedades rurais. A estimativa da Defesa Civil de Batayporã é que pelo menos sete mil bovinos tiveram de ser remanejados para áreas mais altas.

CORREIO DO ESTADO

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