Olá, tudo bem?
Na véspera do último domingo, a imprensa noticiou o conteúdo de uma mensagem privada do decano Celso de Mello do Supremo Tribunal Federal (STF), enviada para alguns de seus contatos no WhatsApp, que colocou muita gente em alerta. O conteúdo foi enviado nas vésperas das manifestações de domingo contra decisões recentes do STF no chamado inquérito das fake news. Numa espécie de pré-aquecimento, um pequeno grupo de apoiadores do Presidente se aglomerou na Praça dos Três Poderes, em exibições que tiveram direito a mascarados portando tochas e apresentações de música gospel.
Na mensagem, o ministro afirmou que “os bolsonaristas odeiam a imprensa” e pretendem “instaurar uma desprezível e abjeta ditadura”. Entre outras coisas, Celso de Mello comparou a situação atual do Brasil com a da República de Weimar, quando Adolf Hitler, eleito pelo voto popular e nomeado chanceler pelo Presidente Paul von Hildenburg, procedeu com um completo desmantelamento da ordem liberal democrática, instaurando uma ditadura que se estenderia até o final da 2.ª Guerra Mundial. A mensagem foi escrita com diversos trechos em letras garrafais, em tom claro de alerta. Fala em “OVO DA SERPENTE” e na necessidade de “RESISTIR À DESTRUIÇÃO DA ORDEM DEMOCRÁTICA”.
A comunicação se tornou objeto de debate nacional após seu vazamento para a imprensa. Intencionalmente ou não, a opinião do decano foi alçada ao nível de degrau na atual escalada de tensões que tem marcado a relação entre os três Poderes.
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