Mato Grosso do Sul adota plano de contingência para evitar infecções hospitalares em leitos de UTI

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Pneumonia e infeção urinária estão entre as principais notificações (Divulgação)

A SES (Secretaria de Estado de Saúde) aprovou nesta segunda-feira (4) um plano de contingência para infecções causadas por microrganismos multirresistentes em serviços de saúde de Mato Grosso do Sul. A medida, publicada no DOE (Diário Oficial do Estado), tem como objetivo prevenir contaminações em hospitais e unidades de saúde equipadas com  (Unidade de Terapia Intensiva) no Estado.

Mato Grosso do Sul enfrenta um cenário de risco nível 2, ou seja, mais de 20% e menos de 40% dos hospitais registram casos de infecção. A resistência antimicrobiana, considerada pela  (Organização Mundial da Saúde) uma das maiores ameaças à saúde global, instiga autoridades de saúde a urgências nas mudanças na prescrição e uso de antibióticos.

“Novos mecanismos de resistência a antimicrobianos ameaçam a capacidade de tratar infecções bacterianas, inclusive aquelas consideradas simples. A ausência de antimicrobianos eficazes tornará o manejo de infecções em pacientes críticos cada vez mais difícil ou até mesmo impossível”, esclarece a SES.

O Estado abriga 30 hospitais com leitos de UTI, presentes na rede pública, privada e militar, principalmente em Campo Grande e . Durante a Pandemia de COVID-19, três hospitais implementaram leitos de UTI como medida emergencial e mantiveram a assistência a pacientes críticos em suas instituições.

Desde 2010, a  estabeleceu a obrigatoriedade de notificação de dados de infecção relacionada à assistência à saúde em hospitais com leitos de UTI, conforme critérios nacionais de infecção, mensalmente notificados no sistema.

Infecções registradas em Mato Grosso do Sul

Mato Grosso do Sul está entre os estados que tiveram o aumento da ocupação por conta da desabilitação dos leitos de UTI Covid.
Estado abriga 30 hospitais com leitos de UTI (Divulgação)

Em 2022, foram registrados 28 casos de pneumonia associada ao ventilador mecânico em UTI adulto em Mato Grosso do Sul, de um total de 1.528 casos no Brasil. No mesmo ano, o Estado contabilizou 28 infecções urinárias associadas à sonda vesical de demora em UTI adulto, enquanto o Brasil registrou 1.525 casos.

A densidade de incidência de IPCSL (Infecções Primárias da Corrente Sanguínea) associada ao cateter venoso central em UTI adulto foi de 27 notificações em MS, contra 1.526 registros no Brasil.

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