Institucionalização do vôlei de praia é o assunto do nono encontro virtual promovido pela CBV

Trabalho realizado por quatro treinadores da modalidade apresenta os desafios para a evolução do voleibol de praia no Brasil

O técnico de vôlei de praia Júnior foi um dos que apresentaram o trabalho (Divulgação)

O técnico de vôlei de praia Júnior foi um dos que apresentaram o trabalho
(Divulgação)

Palestra desta quarta-feira foi sobre a institucionalização do vôlei de praia (Divulgação)

Palestra desta quarta-feira foi sobre a institucionalização do vôlei de praia
(Divulgação)

Do Rio de Janeiro (RJ) – 17.06.2020

O nono evento virtual promovido pela Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), realizado nesta quarta-feira (17.06), destacou as perspectivas para a formalização profissional no vôlei de praia. A iniciativa é uma das formas de manter a comunidade do voleibol ativa durante a pandemia da COVID-19.

O assunto desta quarta-feira foi foco do trabalho realizado pelos treinadores Giuliano Sucupira, Leopoldo Sindice, Leandro Garrot e Joanildo Costa Júnior, que ministraram a palestra por meio da plataforma Webex.  O evento, que faz parte da iniciativa batizada como “Academia do Voleibol”, reuniu 116 treinadores e outros envolvidos com a modalidade de todo o país – indicados pelas federações estaduais.

O presidente da Comissão Nacional de Treinadores (Conat), Carlos Rios, abriu a conversa com agradecimentos aos palestrantes e destacou a importância da troca de conhecimento entre os membros da comunidade do voleibol.

“A quarta-feira, dentro do nosso projeto, virou um dia para destacarmos o conhecimento científico. É um dia em que damos espaço para quem está produzindo na área acadêmica sobre temas relacionados ao voleibol. É um papel muito importante e queremos que seja compartilhado em toda nossa comunidade”, disse Carlos Rios.

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No início da apresentação, Joanildo Costa Júnior, que atualmente é técnico da dupla Fernanda Berti/Taiana, comentou sobre a busca de dados para o desenvolvimento do trabalho e o quanto a abrangência do que foi coletado impactou no resultado.

“O nosso trabalho de campo foi fundamental. Buscamos a informação com treinadores e atletas de todo o Brasil, desde quem trabalha com a base até campeões olímpicos. Nossa intenção era ter o quadro mais abrangente possível”, contou Júnior.

Em seguida, foi a vez de Giuliano Sucupira participar da palestra. O treinador, que atualmente trabalha com projetos em Betim (MG), levantou a questão chave sobre a atual estrutura do vôlei de praia brasileiro.

“O sucesso do vôlei de praia do Brasil traz sempre um nível alto de organização. Formou ídolos, e transformou uma modalidade de destaque. Uma pergunta nos motivou a desenvolver este trabalho: o atual modelo econômico, baseado na informalidade dos profissionais, é apropriado para a continuidade dos resultados, ampliação dos centros de treinamento e renovação dos atletas?”, comentou Giuliano Sucupira.

A explanação da pesquisa ficou então a cargo de Leopoldo Sindice, que apresentou o histórico evolutivo da modalidade no Brasil e no mundo. E ainda demonstrou os dados colhidos durante o processo de pesquisa.

“Nosso maior objetivo era diagnosticar o desenvolvimento econômico do vôlei de praia. Os fatores importantes no processo de crescimento da modalidade são a gestão no esporte, o papel dos treinadores e a qualidade dos atletas. E entender quais são as principais fontes de recursos para os centros de treinamentos, qual é a proporção de profissionais que têm vínculo empregatício”, falou Leopoldo, que comanda o SE7 Sport Center, em João Pessoa (PB).

Após a apresentação os palestrantes debateram com os demais participantes os impactos do estudo, quais as perspectivas e os próximos passos para manter a modalidade em destaque. Na discussão foram abordadas as formas de financiamento do esporte, a formação de atletas e treinadores, fórmulas dos campeonatos e a participação de clubes e outras instituições na prática do vôlei de praia.

A Academia do Voleibol já proporcionou outras oito reuniões virtuais neste sentido. O primeiro aconteceu no dia 28 de maio, e teve como tema “Gestão e preparação de equipe”, com o técnico da seleção brasileira masculina, Renan. No dia 2 de junho o técnico da seleção brasileira masculina de base de vôlei de praia, Robson Xavier, falou sobre a detecção de talentos e iniciação da modalidade.

No dia seguinte (03.06), aconteceu a apresentação de um trabalho científico feito por um grupo de profissionais envolvidos no voleibol de praia sobre “Paixão e estratégias de coping de atletas da modalidade no contexto nacional”.  Na quinta-feira (04.06), foi a vez de um bate-papo com o técnico da seleção brasileira feminina, José Roberto Guimarães, que teve como tema “Desafios da nova geração”.

Na terça-feira (09.06), o preparador físico Francisco Oliveira Neto apresentou um seminário sobre a preparação de atletas do vôlei de praia. E na noite de quarta-feira (10.06) o tema foi “Sistemas de Ataque 5:1 – Intenções Táticas”, trabalho realizado pelos professores Carlos Henrique Ribeiro Moreira, Fabiano Girotto Assis e Fernando Mendes Rabelo, produzido para o curso de treinadores Nivel IV da Universidade Corporativa do Voleibol (UCV).

Na quinta-feira passada (11.06), foi a vez de Giovane Gávio, técnico da seleção brasileira sub-21 masculina, levar conhecimento aos profissionais falando sobre o planejamento e a preparação técnica da equipe.  E, para iniciar a quarta semana, foi a vez de Kenji Sato, do Comitê Olímpico do Brasil (COB), palestrou sobre a importância do esporte na escola. A semana de encontros virtuais continua nesta quinta-feira (18.06) com a apresentação do técnico da seleção brasileira feminina sub-20, Hairton Cabral, falará sobre as propostas e desafios no trabalho com a base.

E, na sexta-feira (19.06), um encontro descontraído entre alguns dos campeões olímpicos em Atenas 2004 vai contar um pouco dos bastidores desta conquista. Giba, Aderson, Dante, Nalbert e Gustavo Endres estarão ao vivo, às 20h, no canal da CBV no YouTube.

O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do voleibol brasileiro

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