Impeachement de Bolsonaro: Congresso e a sociedade estão se cansando do comportamento do Presidente

A senadora Simone Tebet afirmou que o Congresso e a sociedade estão se cansando do comportamento de Bolsonaro.

No último domingo (19), o presidente participou de uma manifestação que pedia o fechamento do Congresso. Na manhã de segunda-feira(20), no entanto, ao ouvir de um apoiador na saída do Palácio da Alvorada uma frase de apoio à intervenção militar, sua reação foi instantânea em repreender o homem e defender firmemente a democracia.

Segundo Simone Tebet, esse tipo de comportamento imprevisível não condiz com o cargo mais importante do país. “O Presidente da República deve vestir um terno de presidente”, critica a presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Apesar das críticas, Tebet considera improvável a possibilidade de um impeachment. “Seria o caos do caos”, afirma.

Em entrevista a senadora do MDB de Mato Grosso do Sul reforça a necessidade de união entre os poderes para aprovar medidas benéficas à sociedade durante a crise.

Quanto ao possível adiamento das eleições deste ano, ela não vê problema a realização de um pleito único, mas ressalta que essa decisão cabe à Justiça. “Por sorte uma meia dúzia não representa a vontade da maioria da população brasileira, muito pelo contrário. Quem viveu ou ouviu falar do que foi o ai-5 jamais teria coragem de levantar a voz a favor dele. Ou é um ato de ignorância ou de hipocrisia. Ignorância por não ter vivido ou lido nos livros de história ou hipocrisia em achar que o AI-5 valeria para todos, menos aqueles que levantam a bandeira dele. Valeria para aqueles que são contra, ou seja, a maioria da população brasileira e não para essa minoria que continuaria tendo suas liberdades e garantias. Por parte do presidente da República, temos que dizer basta. Falar para o presidente para que ele não se esqueça de não está mais no palanque político e que não é mais deputado federal. Ele é o presidente da República em um dos momentos mais difíceis na história recente do Brasil. Difícil não só por uma crise sanitária sem precedentes, mas principalmente pela crise política e de instabilidade. A última coisa que podemos ter nesse momento é um presidente da República levando o país que já vive um caos à instabilidade política e insegurança jurídica”, comentou.

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