Ginásio de esportes vira escola improvisada e alunos protestam por calor e barulho em salas

A manifestação dos estudantes aconteceu nesta manhã (28/8) do lado de fora da unidade escolar improvisada localizada no bairro Jardim Água Boa – Crédito: Ligado na Redação/Dourados News
Estudantes da escola estadual Vilmar Vieira Matos, em Dourados, realizaram um protesto na manhã desta segunda-feira (28/8). A escola tem atualmente 1.380 estudantes matriculados divididos em três turnos.
O objetivo é denunciar as condições estruturais precárias da unidade improvisada no ginásio de esportes do CSU (Centro Social Urbano), Jardim Água Boa. A mudança se estende desde o início do ano, com a escola localizada no Jardim Rasslem, fechada para reforma.

Desde então, os estudantes da escola estadual foram remanejados para salas separadas apenas por material que não da conta de isolar o barulho entre as classes.
Danielly, 16 anos, aluna do primeiro ano do ensino médio, representando comissão de alunos, elencou os problemas estruturais, chamando atenção principalmente para o espaço abafado e com interferências constantes entre as diferentes classes.

“Estamos desse jeito desde janeiro [de 2023]. A gente passa mal aqui dentro [do ginásio]. Queremos voltar para nossa escola, pois aqui não dá para estudar. Calor é extremo, quando chove alaga”, comentou Danielly.

Os problemas gerados pelo espaço improvisado têm refletido na qualidade das aulas e consequentemente nas notas, segundo depoimento dos próprios alunos durante protesto no lado de fora do ginásio.

“Tem hora que não dá para entender nada, por causa do barulho. Minhas notas eram boas e vem caindo nesse ano. Minha mãe está pensando em me mudar de escola por causa disso”, chegou a comentar a estudante do oitavo ano, Carolina, 13 anos de idade.

O outro lado

Após entrevista dos os estudantes, o Dourados News foi recebido por Olson Carlos, diretor-adjunto da escola estadual Vilmar Vieira Matos. A obra de reforma e revitalização da unidade oficial é orçada em R$ 3.173.101,79.

“Estamos aqui porque está reformando nossa escola. São melhorias. O que passaram para nós [Secretaria de Estado de Educação] é de que a previsão é entregar [a obra] até final de setembro, então estamos na esperança de até outubro estar lá [na unidade educacional oficial]”, disse Olson.

A reportagem também contatou o coordenador regional da SED (Secretaria de Estado de Educação), Nei Elias Coinethe, que confirmou o prazo estipulado pelo diretor-adjunto.

Nei também garantiu que todos os esforços estão sendo feitos para que as obras de reforma e revitalização completa da a unidade escolar sejam entregues dentro do prazo estipulado e definiu a situação enfrentada por alunos e professor como “desafiadora”.

“A gente sabe que obra que envolve um serviço à comunidade, principalmente se necessário o uso de espaço provisório, gera situações desafiadoras, mas podemos garantir que está acabando”, disse o coordenador.

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