‘Galã do PCC” acusado pela morte de Jorge Rafaat, é condenada por lavagem de dinheiro na Justiça Federal

Elton Leonel Rumich da Silva, conhecido como ‘Galã do PCC’ e implicado na morte do traficante de drogas Jorge Rafaat em 2016, foi condenado pela Justiça Federal por lavagem de dinheiro nesta segunda-feira (4).

A ‘Galã do PCC’ enfrentou acusações em julho de 2020 relacionadas com branqueamento de capitais e ocultação de bens, decorrentes do tráfico de drogas e de armas. O Ministério Público Federal (MPF) o identificou como proprietário de uma empresa paraguaia que opera sob o pseudônimo Ronald Rodrigues Benites.

Em colaboração com um parceiro de negócios, Elton teria adquirido cerca de 17 terrenos em setembro de 2014, com a intenção de desenvolvê-los. Apesar do pedido de absolvição da defesa, alegando falta de provas sobre seu envolvimento no suposto grupo criminoso, a Justiça Federal proferiu sentença.

A defesa também alegou falta de provas contra a ‘Galã do PCC’ em relação aos imóveis. “Quanto aos imóveis identificados pelo Ministério Público Federal na acusação, supostamente adquiridos em nome de terceiros, argumenta que não há indícios do envolvimento de ELTON LEONEL RUMICH DA SILVA na aquisição desses bens, especialmente os adquiridos e registrados por VÂNIA KARINA SOARES MONTANIA, BRUNA FRANCINI GOMES, TÂNIA JUDITE SOARES MONTANIA e ELIDE MARIA MORETTI, conforme demonstrado pelos interrogatórios judiciais e depoimentos de testemunhas.”

A sentença condenatória de Elron Leonel foi divulgada nesta segunda-feira (4) pela 3ª Vara Federal de Campo Grande, condenando a ‘Galã do PCC’ a 6 anos e 2 meses de reclusão.

Elton é considerado figura-chave do Primeiro Comando da Capital (PCC) na fronteira, liderando o tráfico de drogas na região. Em agosto de 2019, ao ser condenado a 19 anos de prisão, a ‘Galã do PCC’ foi acusada de constituir uma empresa de fachada com sede em Ponta Porã para lavagem de dinheiro. Com a Construtora JB Progresso, cinco indivíduos, sob o comando de Galã, adquiriram imóveis e veículos para ocultar e disfarçar a origem ilícita e a verdadeira propriedade dos bens.

Na época, investigações comprovaram compra, venda e simulação de transferência de imóveis em Ponta Porã, Diadema (SP), Santos (SP) e Presidente Prudente (SP) em nome de espantalhos ou de empresa de fachada. Estas transações totalizaram 43 atos de lavagem de dinheiro entre 2013 e 2019.

‘Galã’ também é acusado de envolvimento na morte do traficante Jorge Rafaat Toumani. Consta que, com o falecimento de Rafaat, o objetivo era assumir o negócio de fornecimento de drogas na fronteira Brasil-Paraguai.

Em 2020, uma nova disputa pelo controle do tráfico de drogas levou a uma série de assassinatos na fronteira entre Ponta Porã, no sul de Mato Grosso do Sul, e Pedro Juan Caballero, no Paraguai.

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