Floripa: 3 semanas sem mortes por coronavírus | Brasil: líder do ranking semanal de óbitos

29.05.2020
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Olá, bom dia.

Para começar esse resumo de notícias. O Brasil lidera, nesta semana, um ranking ingrato: é o país com mais mortes registradas por coronavírus. Segundo o portal Our World in Data, que mensura dados da Covid-19, de domingo (24) até quinta-feira (28), o Brasil registrou 4.550 óbitos, contra 4.435 dos Estados Unidos.

Novo recorde e bom exemplo. Nesta quinta, houve novo recorde de diagnósticos: o Ministério da Saúde emitiu registro de 1.156 mortes e 26.417 infectados nas últimas 24 horas (veja mais dados). Mas há uma cidade que vem na contramão do país quanto ao coronavírus: Florianópolis.

Sob controle. A capital de Santa Catarina se destaca como exemplo positivo no controle de casos. Desde 4 de maio, o número de mortes permanece estável em um total de 7. Até esta quinta-feira eram pouco mais de 691 casos de coronavírus em Florianópolis.

Qual é o segredo? Testagem é uma palavra-chave. Mas não é só isso. A jornalista Rosana Félix entrevistou o secretário de Saúde da cidade  e analisou dados que revelam os motivos para o controle do coronavírus em Florianópolis. Clique e confira:

Quero entender por que Florianópolis completou três semanas sem mortes por Covid-19
Utilidade Pública
São Paulo. Estado com maior número de casos de coronavírus no Brasil, São Paulo começará um processo de liberação gradual de serviços, em cinco fases, a partir da próxima segunda-feira, 1º de junho. Conheça em detalhes o plano de flexibilização paulista.

Paraná. Em outra cidade, uma ideia criativa: semáforos de Curitiba ganharam máscaras para reforçar prevenção contra a Covid-19. Diferente de Florianópolis, a capital já tem 42 mortes por Covid-19. O estado do Paraná tem 4 mil casos de Covid-19,  169 óbitos e 44% dos leitos de UTI ocupados. O estado enfrenta, em paralelo, uma crise particular: a estiagem. Katia Brembatti mostra revela que a capital pode ter de apelar para um sistema de cavas para garantir o abastecimento de água.

Isolamento social. Assinada pelos ex-ministros Sergio Moro, da Justiça, e Luiz Henrique Mandetta, da Saúde, uma portaria de isolamento social foi revogada. Ela autorizava estados e municípios a punirem quem descumprisse as regras. De Brasília, o correspondente Leonardo Desideri explica o que o governo Bolsonaro alega para revogar a portaria.

Tudo sobre o coronavírus
Política & Economia
Socorro e redução de jornada. O presidente Jair Bolsonaro, enfim, sancionou o projeto de socorro a estados e municípios na pandemia. Um dos vetos já era esperado: congelamento total dos salários a servidores federais, estaduais e municipais até o fim de 2021. Confira os demais vetos ao socorro do governo a estados e municípios e aproveite para ver na reportagem de Jéssica Sant’Ana, de Brasília, todas as informações sobre o texto-base aprovado pela Câmara que aprova a MP que prevê redução e suspensão de jornada e salário.

Executivo X Judiciário 1. Autorizada pelo STF, a operação da Polícia Federal que realizou mandados de busca e apreensão junto a aliados do presidente – para investigar suspeitas de fake news – gerou bate-boca. Bolsonaro chegou a dizer que “estamos com armas da democracia na mão” e citou um artigo de intervenção militar. Eduardo Bolsonaro disse que quando o pai adotar “medida enérgica, será taxado como ditador”. Rodrigo Maia afirmou que as falas são “muito ruins” e Davi Alcolumbre pregou pacificação. E agora o governo estuda um “pacote jurídico” contra o STF; entenda na reportagem de Olavo Soares, de Brasília.

Executivo X Judiciário 2. Procurador-geral da República, Augusto Aras pediu que o ministro Edson Fachin, do STF, suspenda o inquérito das fake news. Fachin remeteu a decisão ao colegiado. Já o ministro da Educação, Abraham Weintraub, comparou a ação da PF com o nazismo e ataques contra judeus. A Embaixada de Israel pediu que o Holocausto fique fora de discussão política. Por falar em Weintraub, o Ministro da Justiça, André Mendonça, entrou com pedido de habeas corpus preventivo contra depoimento do colega ao STF.

Pelo mundo. Os Estados Unidos também enfrentam uma crise política. Enquanto o presidente Donald Trump baixou um ordem para regular as mídias sociais, Minneapolis registrou saques, incêndios e uma morte; entenda o que está acontecendo na maior cidade do Minnesota. Em outra crise política, essa global, Reino Unido, Austrália, Canadá, EUA assinaram uma declaração conjunta contra a nova lei que a China quer impor sobre Hong Kong. Editora de Mundo da Gazeta do Povo, Isabella Mayer explica por que os EUA não mais consideram Hong Kong uma cidade autônoma da China.

O mais importante de ontem no Brasil

Operação Placebo. Pedido de impeachment e foco na primeira-dama: caso Witzel provoca abalo político no RJ

Pior mês da história. Governo registra rombo nas contas públicas de R$ 92,9 bilhões em abril

Debate. Decisão sobre bloqueios judiciais ao WhatsApp é adiada após pedido de vistas no STF

Auxílio emergencial. Um terço ainda não recebeu a primeira parcela, diz pesquisa

Colunas & Artigos
Opinião. Vamos a algumas visões de nossos colunistas sobre a crise política. Madeleine Lascko, Francisco Razzo e Fernando Schüller, respectivamente, falam sobre vitimistas poderosos, a traição dos liberais e o direito às ideias erradas. Rodrigo Constantino ironiza: seriam memes armas de destruição? Felipe Koller traz uma reflexão sobre liberdade, direitos humanos e tolitarismo. Já o jornalista e tradutor da Gazeta do Povo Rafael Salvi opina: o STF mirou nas fake news e acertou a liberdade de expressão.

Visões diferenciadas da pandemia. No blog Tubo de Ensaio, Marcio Campos reflete sobre a bênção do papa e o recuo da pandemia na Itália. O médico e escritor Theodore Dalrymple conta suas aventuras como catador de lixo na Paris pós-lockdown.

Alexandre Garcia
STF virou causador de crises. Torço para que isso acabe
J.R Guzzo
Governo Bolsonaro está de mãos atadas pela caneta dos juízes
Minuto Coronavírus
Clique e assista: Minuto Coronavírus, Boletim Prático da Covid-19
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Nossa visão
Um mês para esquecer . Em abril, o coronavírus fez o Brasil perder um 2019 inteiro (e até mais) em termos de empregos com carteira assinada: cortou 860 mil empregos, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Esse é o tema do novo editorial da Gazeta do Povo: O impacto do coronavírus no emprego.

Mesmo a gradual reabertura dos negócios, que já ocorre em algumas cidades e estados, pode demorar para surtir efeito benéfico sobre o emprego, pois a demanda continuará retraída por algum tempo, seja porque os consumidores estão evitando gastos que não sejam urgentes, seja porque o medo de contrair o coronavírus deve reduzir a frequência a estabelecimentos como bares, restaurantes, lojas e shopping centers. Neste cenário, o governo não pode baixar a guarda e precisa monitorar dados de demissões e fechamento de empresas.”
Podcast 15 minutos
Bolsonaro “no limite” contra o STF: o que vem pela frente?
Para inspirar
A resiliência das crianças. Doutora em Educação e assessora de psicologia escolar, a psicóloga Maísa Pannuti apresenta em artigo reflexões sobre o impacto do distanciamento social em nossas vidas e de nossos filhos. E há um lado bom sobre tudo isso: os pequenos descobrem formas incríveis e engenhosas de lidar com as adversidades. Clique aqui e leia o artigo: A resiliência das crianças em tempos de distanciamento social, por Maísa P. Pannuti.

Tenha um ótimo fim de semana!

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