Flamengo: ex-São Paulo diz que Ceni foi melhor escolha em lista com 3 técnicos ‘ideais’ e pede paciência: ‘Dará o retorno necessário’
Ainda em busca da sua primeira vitória à frente do Flamengo, o técnico Rogério Ceni tem compromisso neste sábado (21) contra o Coritiba, no Maracanã, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro. E apesar das derrotas para o São Paulo, ambas na Copa do Brasil, e do empate com o Atlético-GO, pela Série A, há quem garanta que o ex-goleiro ainda trará os resultados que o Rubro-Negro precisa na atual temporada.
Em entrevista exclusiva ao ESPN.com.br, o ex-jogador revelado no São Paulo Sidney Moraes, que conviveu com Ceni no Tricolor, e, assim como ele agora dedica a carreira como treinador, classificou como ‘excepcional’ a escolha feita pelo clube carioca para substituir Domènec Torrent, demitido.
Para Sidney, que ainda teve passagem pelo futebol português e enfrentou o ex-técnico do Flamengo Jorge Jesus enquanto jogador, além de Rogério Ceni, apenas outros dois nomes poderiam ter assumido o Rubro-Negro pós-saída de Dome: Renato Gaúcho, do Grêmio, e Tite, da seleção brasileira.
“Eu acho que foi excepcional (a escolha por Ceni). Tem a cara do Flamengo, tem a característica desse treinador. Eu joguei com o Rogério, moramos na mesma concentração na base, depois jogamos juntos no profissional também, enfrentei ele quando era técnico do Boa (Esporte) na Série B contra o o Fortaleza também. É um cara que é perfeccionista, que trabalha muito, que quer vencer, e acho que a escolha foi a melhor possível. Se tiver um pouco de paciência, de tranquilidade, ele vai dar o retorno necessário que o Flamengo precisa. É um cara que tem a característica do Jesus, claro, mais jovem, novo como treinador também, porque nós, jovens treinadores, também erramos bastante no início da carreira porque ainda termos aquela coisa de jogador…isso é natural acontecer, mas acho que o Rogério era o nome para assumir o Flamengo”, começou por dizer.
Em relação à demissão de Dome, Sidney acredita que o Flamengo errou em trazer um treinador com um perfil diferente ao de Jorge Jesus e que qualquer um que assumisse a equipe naquele momento teria a mesma dificuldade.
“Qualquer treinador que assumisse a equipe do Flamengo pós-Era Jesus iria ter dificuldade. O que acho que o Flamengo errou, estou de fora falando, é uma opinião, (foi) na característica do treinador. O Jesus é um cara enérgico, que xinga, que cobra, que chuta uma garrafa se tiver que chutar, e o Domènec é um cara mais passivo, tranquilo, mais ponderado, enfim, acho que aí o torcedor, de casa, já sentiu uma diferença, já teve uma certa resistência em relação a isso. Juntando também o fato dele ter sido auxiliar do Guardiola, o torcedor ficou com um pouco de resistência em relação, porque é um cara que veio para o Flamengo, mas para ser o principal técnico do principal clube do Brasil no momento, e que não tinha experiência como treinador, apenas dirigiu um time dos Estados Unidos. No Brasil, é difícil isso”, finalizou.