Famosos e políticos estavam na lista de clientes de loja alvo da PF em Campo Grande
A Polícia Federal e a Receita Federal deflagram a Operação Harpócrates II com a finalidade de desarticular organização criminosa especializada na prática de condutas que configuram delitos como descaminho de produtos eletrônicos, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
Conforme a nota, o esquema criminoso investigado possui, resumidamente, a seguinte dinâmica: lojistas de Campo Grande/MS se utilizam de doleiros para enviar dinheiro para fornecedores de mercadoria situados no Paraguai.
Depois disso, é promovida a entrada de produtos eletrônicos no Brasil, sem, entretanto, realizar o pagamento do imposto devido.
Os criminosos usam empresas de fachada para expedir notas fiscais para justificar a entrada das mercadorias; por fim, esses equipamentos são revendidos no mercado nacional.
A investigação teve início do dia 21 de novembro de 2019 e, durante o seu curso, foram realizadas apreensões de mercadorias descaminhadas bem como investigada a situação patrimonial dos envolvidos.
Hoje estão sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva e 14 mandados de busca e apreensão, sendo 13 em Campo Grande e um em Chapadão do Sul.
Além do sequestro de 2 imóveis, 3 veículos e valores eventualmente existentes em contas bancárias de quatro investigados.
Os trabalhos estão contando com a participação de cerca de 62 Policiais Federais e 10 servidores da Receita Federal.
O nome da operação refere-se à forma silente e recôndita de atuar da organização criminosa, bem como à investigação homônima deflagrada em dezembro de 2017, que teve como alvo parte da organização criminosa atualmente investigada.
Destaca-se que em razão da atual crise de saúde pública, foi adotada logística especial de prevenção do contágio com distribuição de EPI’s a todos os envolvidos, a fim de preservar a saúde dos policiais, testemunhas e investigados.
Fonte: conteudo ms