Em dia de depoimento de Osmar Terra, Soraya Thronicke diz que não há o que se falar sobre gabinete paralelo
No dia (22/06), dia do depoimento do deputado federal Osmar Terra (MDB/RS) na CPI da Pandemia, a senadora Soraya Thronicke (PSL/MS), que é vice-líder do Governo no Congresso Nacional, declarou ser inquestionável que a autoridade máxima sanitária do Brasil é o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. “Não há o que se falar sobre gabinete paralelo. É algo que se discute na CPI, mas as decisões que o ministro tem tomado, tudo isso tem sido formalizado pelo Ministério da Saúde”, defendeu durante entrevista à analista política Basília Rodrigues, da CNN Brasil.
A parlamentar sul-mato-grossense reforçou que o objetivo da CPI é investigar não só a atuação do Governo Federal na pandemia, mas também a dos estados e municípios. “Me recordo do ex-ministro da Saúde Henrique Mandetta dizer que não recebia informações de alguns secretários estaduais de Saúde. Tenho voltado minhas perguntas para este ponto: quem é que não está colaborando e onde estão falhando? As perguntas não podem ser fora desse escopo”, pontuou.
Desde o início da CPI da Pandemia, a participação da parlamentar tem sido frequente, mas se intensificou ao longo da semana passada, de forma presencial, para cobrar a investigação de estados e municípios. Soraya Thronicke foi a única dos três senadores de Mato Grosso do Sul a assinar o requerimento do colega Eduardo Girão (Podemos/CE) para que estados e municípios também fossem investigados pela Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar uso de recursos destinados ao combate à covid-19 no Brasil.
Na última terça-feira (15/06), Soraya Thronicke, que faz parte da bancada feminina, fez questão de questionar o ex-secretário estadual de Saúde do Amazonas, Marcellus Campelo, a quem chegou a perguntar sobre a frieza do comportamento calmo do depoente diante da situação do estado dele. Marcellus foi questionado sobre o colapso no sistema de saúde ocorrido no Amazonas no início de 2021 e também sobre a falta de leitos e de cilindros de oxigênio nos hospitais, desvio de dinheiro e suposta organização criminosa.
“Finalmente começamos a ouvir os estados para apurar as responsabilidades de cada um. Ouvimos o ex-secretário Marcellus Campelo, cujo Estado enfrentou o maior colapso durante a pandemia de Covid-19, com a falta de oxigênio para atender a demanda dos pacientes. O que já sabemos é que houve uma completa falta de planejamento e passividade do Governo do Estado do Amazonas. São muitos milhões de reais enviados e muitas vidas perdidas. É, no mínimo, contraditório”, declarou a senadora.
Assessoria de Imprensa Senadora Soraya Thronicke