Deputado que simulou troca de tiros não poderia ter armas por violência doméstica

O deputado bolsonarista Loester Trutis (PSL-MS), que alegou ter revidado um atentado a tiros em fevereiro de 2020, não poderia possuir armas de fogo por conta de um processo por violência doméstica.

Nos dias seguintes ao suposto atentado, Trutis chegou a afirmar nas redes sociais que o fato de andar armado é que o salvou, argumento frequentemente usado pelo bolsonarismo para defender o armamento da população.

“Estamos bem. Meu pai dizia: ‘Tenha fé, mas vá armado’. Graças a Deus pude revidar e aguardar chegar a polícia. Quem achou que eu ia parar ou me calar, digo que estamos apenas começando e sigo trabalhando. Obs: Não darei entrevista por não acreditar na seriedade da imprensa digital do MS”, escreveu no Facebook.

Em novembro do ano passado, o parlamentar foi alvo de uma operação da Polícia Federal que o investigava por falsa comunicação de crime. Ele chegou a ser detido após agentes terem encontrado três armas em sua residência.

Segundo as investigações, um processo por violência doméstica impede o parlamentar de conseguir o registro. O processo corre em segredo de Justiça.

 

Entre as armas encontradas na casa do parlamentar, estava um fuzil que pertenceria a Jovani Batista da Silva, ligado ao chamado “Movimento Conservador de Mato Grosso do Sul”. Ele também foi alvo dos mandados de busca e apreensão cumpridos na operação.

(Revista Fórum)

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