Com previsão de supersafra em 2023, MS pode “surfar” no aumento da produção nos próximos 10 anos

Clima e volume de áreas colaboram para MS atingir colheita recorde com – Marcelo Victor/ Correio do Estado

Soja e milho são classificados como “potência” quando o assunto é a produção de Mato Grosso do Sul, grãos esses que devem se destacar na produção nacional dentro dos próximos 10 anos, que já prevê crescimento de 36,8% a mais nas safras brasileiras.

Dentro desse cenário, 2023 já promete ser proveitoso para Mato Grosso do Sul, tanto com o clima quanto o volume de áreas colaborando para uma colheita de 13 milhões a mais de toneladas de soja neste ano.

Vale ressaltar que essa previsão – segundo dados catalogados pelo Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga MS) -, pode significar para este 2023 um aumento de quase 50% do que foi colhido no ano passado (49,4%).

Dentro do panorama, baseado no Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio de Mato Grosso do Sul (SIGA-MS), é apontado que, se concretizado os valores estimados, MS pode atingir recorde de produção de soja, desde que foi iniciada a contagem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em 1977.

Responsável pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Ciência Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck destacou a parceria com a Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja-MS).

“Até o momento registramos um ciclo favorável para produzir soja, com uma área recorde de plantio o que nos permite a possibilidade de obter uma safra recorde”, comentou Jaime Verruck.

Produção da década

Sobre a produção da década, a Secretaria de Política Agrícola, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e o Departamento de Estatística, da Universidade de Brasília (UnB), aponta para uma produção crescente.

Conforme análise, devem ser produzidas uma média de 2,7% a mais, todo ano que, comparada com a produção atual, contabiliza cerca de 36,8% extra no Brasil.

Nesses próximos 10 anos, da soja em grão, é previsto uma exportação de 114,9 milhões de toneladas. Para o farelo, o total anual do aumento deve ser de 9,5% de crescimento.

Pelas palavras do diretor Fábio Pizzamiglio, diretor da Efficienza – especializada na assessoria de comércio esterior -, são necessárias formas de continuar o desenvolvimento, que vão desde a injeção de recursos até planejamentos.

“São necessários investimentos estruturais e logísticos, além de um compromisso federal com o agronegócio. Sabemos que o setor tem sido o grande responsável pelos bons resultados em nossa balança comercial e para que isso se amplie, necessitamos de cada vez mais investimentos”, finalizou o especialista.

FONTE: CORREIO DO ESTADO

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