Bolsonaro diz que Moro não aguenta ’10 segundos de debate’

BRASÍLIA – O presidente Jair Bolsonaro disse a apoiadores, nesta segunda-feira, 6, que o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro (Podemos), pré-candidato ao Palácio do Planalto, “não aguenta 10 segundos de debate”. Na mesma conversa, em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro também acusou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de comprar votos, em 1998, para conseguir novo mandato.

“Ele (FHC) se elegeu na onda do Real do Itamar Franco. Daí ele comprou a (emenda da) reeleição”, disse o presidente. Durante o bate-papo, Bolsonaro ainda contou que sua meta é ter doze senadores aliados na próxima legislatura.

'Saiu do governo pela porta dos fundos, traindo a gente', disse o presidente Jair Bolsonaro sobre Sérgio Moro. © Gabriela Biló/Estadão‘Saiu do governo pela porta dos fundos, traindo a gente’, disse o presidente Jair Bolsonaro sobre Sérgio Moro.

Na tentativa de conquistar apoio, o Planalto pretende lançar vários ministros para disputar vagas de senadores, em 2022. Na lista estão Tereza Cristina(Agricultura), Flávia Arruda (Secretaria de Governo), Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) e Marcelo Queiroga (Saúde).

Bolsonaro criticou especulações em torno do candidato a vice na chapa que vai disputar a reeleição. “É pregação de gente nossa, de gente querendo se cacifar”, disse ele. O presidente assegurou aos apoiadores que, ao se filiar ao PL, acertou “muita coisa” com o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, mas não o nome do vice.

“Quem vai escolher sou eu”, afirmou Bolsonaro. “Vice eu considero um casamento. Tem que ser pessoa que não te dê trabalho e que some.” Desde que tomou posse, em 2019, o chefe do Executivo tem relações conturbadas com o vice-presidente Hamilton Mourão.

Evangélicos abrigados no Centrão reivindicam a cadeira de vice. Outros dois nomes sempre citados são os dos ministros Fábio Faria (Comunicações) e Tereza Cristina (Agricultura), embora eles também sejam mencionados como pré-candidatos ao Senado. Há agora rumores de que o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, entrou na bolsa de apostas para ocupar a cadeira de vice. A possibilidade foi considerada remota nos bastidores do governo, uma vez que Braga Netto não agregaria votos para a chapa.

 

 

fonte: Estadão

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