Boi Gordo: Pecuaristas continuam à espera de preços melhores

Os preços físicos do boi gordo voltaram a registrar quedas ao longo desta semana em importantes praças brasileiras.O viés de baixa na arroba é sustentado pelo menor interesse dos frigoríficos brasileiros em realizar negócios com os pecuaristas, já que boa parte das indústrias ainda seguem operando com escalas de abate confortáveis, apesar do atual período de entressafra.

Em algumas praças monitoradas pela IHS Markit, as escalas de abate já adentram o mês de outubro, desestimulando uma atuação mais ativa dos frigoríficos nos balcões de negócios.

Segundo a consultoria, as expectativas se voltam para o último trimestre de 2022, período que pode ser marcado por uma (sonhada) recuperação do consumo interno de carne bovina, estimulado pelas tradicionais festas de final do ano, além das comemorações ligadas à Copa do Mundo de Futebol – onde há festejo, há churrasco na mesa do brasileiro, além de outras receitas feitas com a proteína bovina, disparada a preferida por aqui.

“Dados econômicos positivos no Brasil também devem potencializar uma gradual retomada das vendas da proteína no mercado doméstico”, observa a IHS.

Além disso, continua a consultoria, as exportações ainda serão um importante canal de escoamento da carne bovina ao longo deste ano, pois a demanda externa segue longe de arrefecer, ao menos no curto prazo.

Tal comportamento do mercado, diz a IHS, pode estimular novas altas nos preços da arroba.

No entanto, por enquanto, o mercado físico segue se arrastando, com abates diários reduzidos, e menor necessidade de compra de animais gordos em função da boa cobertura obtida pelas unidades de abate por meio de animais oriundo de parcerias com grandes confinadores.

Segundo dados apurados pela Scot Consultoria, no Estado de São Paulo, as indústrias exportadoras estão com escala de abates alongadas, atendendo o restante do mês e, em algumas unidades, até início de outubro.

Por sua vez, as unidades frigoríficas que atendem somente o mercado interno, a programação de abate cobre uma semana ou menos.

Dados da Scot mostram que, nas praças paulistas, o boi destinado à exportação está apregoado em R$ 300/@, preço bruto e a prazo, “mas vale ressaltar que há negócios abaixo desta referência”.

O boi gordo destinado ao mercado interno (sem premiação) segue valendo R$ 290/@ no mercado paulista, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas, respectivamente, por R$ 270/@ e R$ 282/@ (preços brutos e a prazo), informa a Scot.

Cotações máximas de machos e fêmeas. 
(Fonte: IHS Markit)

SP-Noroeste:

boi a R$ 300/@ (prazo)
vaca a R$ 275/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 270/@ (à vista)
vaca a R$ 255/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 272/@ (prazo)
vaca a R$ 260/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 272/@ (prazo)
vaca a R$ 255/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 265/@ (prazo)
vaca a R$ 250/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 265/@ (prazo)
vaca a R$ 250/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 265/@ (prazo)
vaca a R$ 250/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 263/@ (à vista)
vaca a R$ 250/@ (à vista)

MT-Colíder:

 

boi a R$ 263/@ (à vista)
vaca a R$ 248/@ (à vista)

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