Auditoria revela deficiências críticas no SAMU de Campo Grande

| Créditos: Marcos Ermínio, Jornal Midiamax

 

Uma auditoria realizada pelo Ministério da Saúde aponta um déficit financeiro alarmante no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Campo Grande. Segundo os dados levantados, o SAMU da capital do Mato Grosso do Sul acumulou um rombo de R$ 1,8 milhão entre janeiro de 2022 e junho de 2023, revelando uma dificuldade crônica em cobrir despesas essenciais.

As finanças do SAMU não acompanharam as demandas operacionais, resultando em um déficit de R$ 1,8 milhão para cobrir custos que totalizaram R$ 10,9 milhões no período analisado, enquanto os repasses somaram apenas R$ 9 milhões. Essa lacuna financeira comprometeu serviços vitais, incluindo a folha de pagamento, aquisição de material hospitalar, manutenção de equipamentos e outros gastos operacionais.

O financiamento do SAMU é compartilhado entre o Ministério da Saúde, o Estado e o município, porém, a auditoria revela que o governo estadual falhou em cumprir com sua parte, deixando de repassar cerca de R$ 323 mil para o SAMU de Campo Grande durante o período investigado.

Além das questões financeiras, a auditoria destacou graves problemas operacionais. A frota de ambulâncias apresenta sérias deficiências, com oito veículos fora de operação devido à falta de manutenção adequada. Como resultado, o tempo médio de resposta do SAMU tem aumentado progressivamente, colocando em risco a vida dos cidadãos.

A falta de profissionais, medicamentos e equipamentos também foi identificada como uma preocupação séria. A auditoria apontou a ausência de seis medicamentos essenciais e a falta de materiais obrigatórios nas ambulâncias. Além disso, há uma carência de pessoal qualificado, com falta de médicos e técnicos durante o expediente diurno.

Diante desses problemas, o SAMU de Campo Grande enfrenta sérias limitações para atender adequadamente às necessidades da população, o que representa uma grave falha no sistema de saúde local.

A gestão das ambulâncias também levanta preocupações, com veículos envelhecidos e manutenção inadequada, o que compromete ainda mais a capacidade de resposta em situações de emergência.

Sem oferecer soluções concretas para os problemas enfrentados pelo SAMU, autoridades estaduais e municipais não solucionam o problema  . Enquanto isso, a população de Campo Grande continua a sofrer com um serviço essencial de saúde em estado precário.

Com informações do Mídiamax

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