Após descoberta de golpe, até máquina de assar frango é recuperada pela polícia

Produtos ocupam pátio de delegacia. (Foto: Kísie Anoiã)
Produtos ocupam pátio de delegacia. (Foto: Kísie Anoiã)

Recuperados após descoberta de golpe, itens como carrinho de cachorro quente e até uma gigantesca máquina de assar frango estão na Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado) à espera de seus verdadeiros donos. Os produtos ocupam espaço da delegacia, que é pequena.

Entre eles, carrinho de cachorro quente e máquina de assar frango, assim como 40 litros de inseticida e uma caixa de som. Junto a esses, ainda ocupam o pátio da delegacia, guitarras, moto, aparador de grama, televisões, notebooks e várias caixas de som.

De acordo com a delegada titular da Deco, Ana Claúdia Medina, a recomendação para os que quiserem reaver seus produtos, é procurar a delegacia pelo telefone (067) 3323-6900 e ir até lá munido da nota fiscal do produto ou alguma outra informação que possa provar a propriedade, como alguma marca característica ou fotos, por exemplo.

Golpe – Depois de receber 350 boletins de ocorrência sobre compra falsa de produtos ofertados pela plataforma OLX, a Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado) desarticulou um grupo de internos do Centro de Triagem de Campo Grande responsáveis por “comprar” produtos e revendê-los.

Mais itens, como caixas de som e notebooks foram recuperados hoje. (Foto: Kísie Anoiã)
Mais itens, como caixas de som e notebooks foram recuperados hoje. (Foto: Kísie Anoiã)

Aos vendedores, os golpistas apresentavam extrato falso de transferência bancária e usavam serviços de transporte de aplicativo para pegar as mercadorias.

Através dos golpes, os internos conseguiam adquirir diversos tipos de produtos, como pizzas, cestas básicas, cestas de café da manhã, buquê de flores, kits de maquiagem, instrumentos musicais, notebooks, motosserra e até veículos.

Assim que tinham os produtos em mãos, os criminosos voltavam a negociar com receptadores, fazendo girar uma espécie de comércio clandestino entre internos, que costumavam destinar os itens a familiares e amigos.

De acordo com a investigação, o interno que encabeçava a operação passava-se por outras pessoas e ao fechar a negociação indicava que estava fora da cidade e teria que fazer o pagamento através de transferência bancária, mas enviava comprovantes falsos, simulando o pagamento.

Assim, o golpista afirmava a vítima que um funcionário buscaria a compra, responsabilidade passada para os motoristas de aplicativos. Eles retiram o produto e encaminhavam para endereços indicados pelo interno, onde era aguardada a destinação até a revenda.

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