Justiça condena brasileiro por terrorismo após suposta relação com o Hezbollah

| Créditos: Reprodução/R7

 

O TRF-6 (Tribunal Regional Federal da Sexta Região), com sede em Belo Horizonte, condenou a 16 anos e 6 meses de prisão um brasileiro por integrar organização terrorista e por realizar preparativos para cometer atos de terrorismo.

A denúncia do MPF (Ministério Público Federal) indica que o acusado pesquisou locais judaicos em Brasília (DF), coletou informações sobre líderes religiosos judaicos, realizou treinamento de tiros com armas de fogo, entre outros atos. Diante aos fatos, ele foi enquadrado na lei Anti-Terrorismo (Lei 13.260/2016).

A polícia chegou ao suspeito em novembro de 2023 durante operação Trapiche, da Polícia Federal. A ação tentava conter possível recrutamento de terroristas no país. Na época, o brasileiro foi preso no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, após retornar de uma viagem ao Líbano.

A investigação demonstrou que integrantes de organização terrorista vinculada ao grupo libanês Hezbollah vinham recrutando brasileiros para atuarem como proxies (guerra por procuração) do grupo e, especialmente, para a prática de atos preparatórios de terrorismo contra a comunidade judaica no Brasil”, disse o MPF.
A investigação apontou que o condenado e outros três brasileiros teriam sido recrutados por um sírio naturalizado brasileiro que é apontado como responsável por promover uma organização terrorista no país. O sírio está foragido.

O inquérito indicou, ainda, que o brasileiro condenou estava monitorando locais judaicos, incluindo sinagogas, cemitérios e a embaixada israelense, além de ter coletado informações sobre líderes religiosos judaicos.
Segundo o MPF, a defesa do acusado alegou que as acusações não tinham “exposição minuciosa dos crimes e as circunstâncias, tratando-se de imputação genérica”.

 

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