Lula lança aliança contra a fome e pobreza em encontro com países ricos

| Créditos: Ricardo Stuckert / PR

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai participar, nesta quarta-feira (24), do pré-lançamento da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, no Rio de Janeiro, no âmbito do G20, o grupo que reúne as principais economias do mundo. A partir dessa data, os países e instituições interessadas vão poder aderir à iniciativa.
De acordo com o Palácio do Planalto, a expectativa é de que Brasil e Bangladesh sejam os primeiros integrantes. Para o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, o pré-lançamento guarda importante simbolismo por ressaltar a liderança de dois países do Sul Global sobre o tema.

Na reunião de trabalho do G20, nesta quarta-feira (24), serão elaborados quatro documentos. Até o mês de novembro, os países vão estabelecer as regras e os tipos de políticas públicas que serão implementadas no combate à fome e à pobreza. A aliança será lançada, de forma oficial, na cúpula do grupo, prevista para 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro.

Em 2023, o Brasil assumiu a chefia do G20, e Lula afirmou que o tema principal da presidência brasileira do grupo é o combate à fome e à pobreza. Em suas viagens internacionais, o líder brasileiro tem defendido o pacto global e solicitado o apoio dos demais países na iniciativa.

As adesões à aliança se dão por meio de apresentação de uma declaração de compromisso, que inclui responsabilidades gerais com os objetivos e desenho do pacto, bem como itens adaptados aos interesses e condições de cada novo membro. O documento é voluntário e pode ser atualizado por cada país conforme a necessidade.

O processo de adesão se dá até novembro. A partir daí, os países e as instituições interessadas ainda poderão se inscrever, mas não serão considerados membros fundadores. A depender da política a ser implementada, o setor privado também poderá ser chamado a participar e contribuir.

A reportagem apurou, ainda, que o G20 foi usado como a plataforma impulsionadora da aliança, mas após seu lançamento formal na cúpula do G20, em novembro, a iniciativa vai operar de forma independente, como plataforma global autônoma.

O financiamento da aliança, porém, ainda enfrenta resistência. Entre as opções discutidas pelo governo brasileiro, estão a troca da dívida externa por aporte de programas sociais, uso de valores em posse de instituições internacionais, como FMI e Banco Mundial, além da taxação dos super-ricos.

 

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