Riedel visita o Paraguai para participar de evento que discute infraestrutura e rotas internacionais
Riedel anunciou a visita ao país vizinho durante coletiva de imprensa realizada na última sexta-feira – Marcelo Victor/Correio do Estado
O encontro tem como objetivo discutir infraestruturas da região para melhorar a colaboração regional, impulsionar a inovação económica e capacitar transições centradas nas pessoas, posicionando a América Latina como um agente global integrado, eficiente e competitivo.
Um dos focos é a abertura de novas rotas comerciais regionais e internacionais, tema bastante discutido entre Brasil e Paraguai nos últimos anos, com o desenvolvimento e construção da Rota Bioceânica, que ligará Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul, a Carmelo Peralta, no Paraguai, encurtando o caminho dos produtos ao Oceano Pacífico.
A ministra do Planejamento e Orçamento do Brasil, Simone Tebet, e o presidente do Paraguai, Santiago Peña, serão alguns dos palestrantes.
Visita às obras da ponte sobre o Rio Paraguai
Nesta terça-feira (19), após a agenda no país vizinho, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel percorrerá 644,4 quilômetros para visitar a obra da ponte da Rota Bioceânica, em Porto Murtinho.
Também devem estar presentes na visita a ministra Simone Tebet, o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e o ministro dos Transportes, Renan Filho.
As obras do lado brasileiro da ponte foram retomadas recentemente, após quase 80 dias paralisada. Ela foi interrompida pela Receita Federal, que embargou a entrada de materiais de construção vindos do Paraguai por falta de documentação que comprovasse o recolhimento dos tributos de importação.
No fim de fevereiro, a questão foi resolvida, após o delegado da Alfândega da Receita Federal em Ponta Porã, Daniel Cesar Saldivar, assinar um ato declaratório executivo autorizando a entrada e saída de insumos e materiais destinados à construção da ponte sobre o Rio Paraguai.
A ponte
Construída pela Itaipu Paraguai com investimento de U$$ 85 milhões, essa ponte terá 1.294 metros, com sua entrega prevista inicialmente só para o primeiro semestre de 2025.
Binacional, a obra foi licitada e contratada pelo Paraguai, com o Consórcio Pybra, que esclareceu que os vergalhões e itens apontados pela Receita foram comprados no Paraguai.
Com isso, foi pedido à AssembleiaLegislativa o acréscimo de um “Termo de Reciprocidade”, justamente para descomplicar essas questões aduaneiras.
Por parte da Pybra, há esperança de uma cooperação “rápida e efetiva”. Do lado brasileiro, estima-se que as obras tenham sido paralisadas com cerca de 40% dos trabalhos concluídos, estando um pouco mais avançada no País vizinho (beirando 60%), uma vez que o Paraguai iniciou pouco antes suas etapas da construção.
Importante ressaltar que, a ideia da Ponte Bioceânica é consolidar uma ligação rápida de produtos brasileiros com o mercado asiático. Ainda, as rotas devem melhor integrar também o País ao Paraguai, Chile e Argentina.
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