“Finalmente, o Brasil acordou para a energia solar e seus benefícios. Aproveitar uma fonte de energia limpa e barata ajuda no processo de reindustrialização do País, além de estimular a diversificação do suprimento de eletricidade, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e o risco de ainda mais aumentos na conta de luz da população”, diz Koloszuk.
Solar
Dados da Absolar compilados da Aneel apontam que, atualmente, Mato Grosso do Sul ocupa o 10º lugar na geração distribuída de energia solar. Batendo recorde, em 2023, a potência instalada chegou a 983 megawatts (MW), 3,8% da matriz elétrica brasileira.
Com um aumento substancial, em um ano, a partir de dezembro de 2022, saiu de 495 MW para os atuais 983 MW, consolidando alta de 98,58%.
No período de quatro anos, a potência solar instalada para gerar energia cresceu mais de 20 vezes. Em dezembro de 2019, Mato Grosso do Sul registrava 37,3 MW.
No ranking municipal, Campo Grande é a quarta cidade com maior capacidade geradora instalada no País, conforme levantamento da Absolar. A Capital tem atualmente potência instalada de 231,9 MW, o que representa 0,9% da geração da potência nacional.
De acordo com Walfrido Ávila, presidente da Tradener, empresa que desenvolve projetos de geração de energia de pequeno e médio porte em vários estados do Brasil, MS é uma unidade da Federação com alto potencial de crescimento gerador, principalmente com a fonte solar.
“Mato Grosso do Sul é muito pródigo na geração de energia solar e está dando uma lição por meio do agronegócio”, comenta.
Especialistas e empresários do setor também destacam o avanço da fonte solar no País como fundamental para o desenvolvimento social, econômico e ambiental, pois a tecnologia ajuda a diversificar a matriz elétrica e a aumentar a segurança de suprimento, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos, o que protege a população contra mais aumentos na conta de luz.
Outros pontos positivos do crescimento da fonte solar é o fortalecimento da sustentabilidade, a transição energética e a competitividade dos setores produtivos.
Em um comparativo anual, tendo como parâmetro o mês de dezembro dos últimos cinco anos (de 2019 a 2023), é possível acompanhar a expansão. Em dezembro de 2019, Mato Grosso do Sul ocupava o 12º lugar entre as unidades federativas, com 37,3 MW.
No mesmo mês de 2020, o Estado ocupava o 10º lugar no ranking nacional da Absolar, aumentando a capacidade para 117,5 MW. Em 2021, a produção solar subiu para 231,2 MW.
Nacional
Estudo da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) aponta que o Brasil gerou 70.206 megawatts médios de energia renovável no ano passado a partir das suas usinas hidrelétricas, eólicas, solares e de biomassa. O volume representa 93,1% de toda a eletricidade produzida no ano, o maior da história do País.
As fontes de energia renovável representam a maior parte das matrizes de geração de energia. Entre as fontes renováveis, a energia hídrica lidera a potência de produção, representando 57,24% de toda a potência entre as matrizes renováveis.
A energia eólica segue com 13,23% da potência, e as matrizes de energia a partir da biomassa, principalmente a partir do bagaço da cana-de-açúcar, representam 8,63% da potência de produção do País.