Sistema falho em delegacias de MS desestimula denúncias de crimes

| Créditos: Simpol/Ilustrativa

 

A instabilidade persistente no Sistema Integrado de Gestão Operacional (Sigo), utilizado para registrar ocorrências nas delegacias de Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, tem gerado um desânimo crescente entre as vítimas de crimes, que muitas vezes optam por não denunciar.

A problemática, que se estende até esta sexta-feira (5), tem resultado em longas filas de espera e atrasos significativos no registro de boletins de ocorrência (B.O.). A Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) anunciou que a normalização do sistema só é esperada para o início da próxima semana.

Agentes policiais relatam que, em um turno de 12 horas, conseguem registrar apenas cerca de 8 ocorrências devido à morosidade do sistema. Em muitos casos, a espera prolongada faz com que os cidadãos desistam de formalizar a denúncia e deixem as unidades policiais frustrados.

O responsável pela Compnet, empresa responsável pelo sistema, Adriano Chiarapa, esclareceu que os servidores do Sistema de Gestão Integrado (SGI) estão passando por manutenção, sendo esta uma responsabilidade do próprio Governo.

As falhas no sistema já vêm ocorrendo desde a semana passada, especialmente em Campo Grande. A lentidão chega a fazer com que o registro de B.O.s demore até 2 horas para ser concluído. Frequentemente, os cidadãos que se dirigem às delegacias não conseguem finalizar o processo devido aos problemas técnicos.

Indagada sobre as razões por trás da instabilidade e sobre as perspectivas de normalização, a Sejusp declarou na quinta-feira (4) que foram realizadas melhorias recentes no sistema visando aprimorar sua capacidade e desempenho.

No entanto, essas intervenções resultaram na instabilidade relatada, segundo a secretaria, embora estejam em processo de resolução. A Sejusp assegurou que não houve e não haverá prejuízos nos serviços prestados pelas forças de segurança pública.

O Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul (Sinpol) tomou medidas para abordar a situação, protocolando um ofício na Sejusp em 27 de março, solicitando urgência na resolução dos problemas do Sigo, caracterizados como ‘lentidão extrema’.

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