Servidores do Ibama culpam ‘colapso da gestão ambiental’ por recordes de desmatamento

BRASÍLIA – Em uma manifestação técnica assinada por mais de 500 servidores de carreira do Ibama, os profissionais da fiscalização ambiental federal do País criticaram duramente a gestão do governo quanto a medidas para combater os crimes ambientaise alertaram que o Brasil está prestes a registrar um novo recorde de devastação, como reflexo dessa gestão.

A manifestação foi encaminhada nesta terça-feira, 21, ao presidente do Ibama, Eduardo Fortunato Bim, ao vice-presidente da República e presidente do Conselho da Amazônia, general Hamilton Mourão, ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia e ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre, além da procuradora da República e coordenadora do Grupo de Trabalho Amazônia Ana Carolina Haliuc Bragança.

Desmatamento na Amazônia © Tiago Queiroz/EstadãoDesmatamento na Amazônia

No documento, os servidores afirmam que a desestruturação do Sistema Nacional de Meio Ambiente e a adoção de medidas que reduzem a autonomia e a capacidade de atuação institucional do Ibama “agravaram o cenário de altas taxas de desmatamento, degradação e incêndios florestais no ano de 2019” e que “a ausência de medidas efetivas para a retomada da relevância estratégica do Ibama continuam apontando para o colapso da gestão ambiental federal e estimulando o cometimento de crimes ambientais”.

Os funcionários pedem que os cargos em comissão do Ibama sejam assumidos por servidores públicos da carreira de especialistas em meio ambiente, com perfil profissional e formação acadêmica compatível, inicialmente via decreto, implementando-se na sequência as tratativas para conversão em lei. Cobram autonomia institucional do órgão, “preservando-o contra ingerências e constrangimentos no desempenho das atribuições legais e regulamentares, principalmente no exercício do poder de polícia ambiental”.

 

Fonte: Estadão

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