“Se algo estiver errado, apuraremos”, diz Bolsonaro ao falar sobre Covaxin
“Se algo estiver errado, apuraremos”, diz Bolsonaro ao falar sobre Covaxin
Presidente afirmou que doses da vacina indiana não foram recebidas pelo governo
EMILLY BEHNKE
24.jun.2021 (quinta-feira) – 13h46
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta 5ª feira (24.jun.2021) que o governo tem o compromisso de apurar “se algo estiver errado“, mas que está a 2 anos e meio sem atos de corrupção. O presidente citou que o Brasil não recebeu “uma dose sequer” da Covaxin, vacina indiana alvo de suspeitas de irregularidades em seu contrato de acordo com o deputado Luis Miranda (DEM-DF).
“O governo está completando 2 anos e meio sem uma acusação sequer de corrupção. Não adianta inventar vacina porque não recebemos uma dose sequer dessa que entrou na ordem do dia da imprensa ontem. Nós temos o compromisso [de que] se algo estiver errado, apuraremos. Mas, graças a Deus, até o momento graças a qualidade de nossos ministros não temos um só ato de corrupção em 2 anos e meio. Quem podia esperar isso daí?”, declarou em evento em Jucurutu, no Rio Grande do Norte.
O Planalto afirma que as vacinas negociadas ainda não foram pagas e que não houve superfaturamento na compra de R$ 20 milhões de doses acordadas. O ministro Onyx Lorenzoni (Secretaria Geral) afirmou na 4ª feira (23.jun) que Miranda e seu irmão, o servidor Luis Ricardo Miranda, serão investigados por denunciação caluniosa.
Mais cedo, o ministro disse em entrevista à Rádio Bandeirantes que o ex-ministro Eduardo Pazuello e o então secretário executivo da pasta, Elcio Franco, investigaram o contrato de aquisição da Covaxin, a pedido de Bolsonaro, e não identificaram “nada” de irregular.
VOTO IMPRESSO
Defensor do voto impresso e “auditável”, Bolsonaro também voltou a dizer que se o Congresso aprovar a PEC (proposta de emenda à Constituição) sobre o assunto, a medida será implementada já em 2022. “Se passar por lá [no Congresso] e for promulgada essa PEC, nós teremos voto impresso no ano que vem. E, como eu e o Parlamento encarnamos a vontade popular, essa vontade será feita no ano que vem. Sempre ouvi que a democracia não tem preço. Temos recurso para comprar as urnas com suas respectivas impressoras”, declarou.
No evento, o presidente também disse que “não tem que dar entrevista” e “não tem que responder perguntas de muitos idiotas“. Na 2ª feira (21.jun), Bolsonaro ofendeu uma jornalista de uma afiliada da Globo no interior de São Paulo.
BARRAGEM DE OITICICA
O presidente Jair Bolsonaro participou nesta 5ª feira de uma visita técnica à Barragem de Oiticica, em Jucurutu (RN). O empreendimento vai receber as águas do Eixo Norte do projeto de integração do Rio São Francisco. O governo anunciou que vai liberar mais R$ 38 milhões para garantir a sua continuidade. Toda a obra está orçada em R$ 657,2 milhões e o governo espera a conclusão até dezembro de 2021.
Segundo o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, cerca de R$ 8 milhões dos recursos liberados são de emendas da bancada do Estados e R$ 20 milhões são do orçamento geral da União.
Com mais 90% de execução, segundo estimativas do Executivo, quando pronta a barragem deve trazer segurança hídrica para cerca de 330 mil pessoas, nos municípios de São José do Seridó e Caicó, além do Vale do Açu e da região central do estado. O empreendimento foi idealizado em 1950, mas só começou a ser construído no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2013.
Fonte: conteudo ms