Mulher é impedida na barreira sanitária de levar cachorra em estado grave para atendimento

Uma proprietária com seu animalzinho de estimação, foram barrados por agentes da saúde da Prefeitura Municipal na manhã desta quarta-feira (22), na barreira sanitária em Sonora. A mulher, moradora da cidade de Ouro Branco (MT), cidade a 22 quilômetros de Sonora, estava levando seu animal para atendimento médico veterinário. De acordo com relatos da tutora, a cachorra estava com sangramento e debilitada e mesmo assim negaram a sua entrada na cidade ou deram atenção ao caso.

De acordo com a Projeto de Lei 919/2020 e os decretos municipal vigente, a proibição vale para todas as pessoas que visitem Sonora, exceto em atendimento de serviços essenciais e casos específicos, podendo ser escoltado ou obrigado a assinar um termo se responsabilizando, se comprometendo em ir apenas no local indicado.

Nossa equipe acompanhou por alguns momentos a barreira sanitária e foi constatado que pessoas de outras cidades, como Ouro Branco (MT) ou Pedro Gomes que desejarem utilizar o serviço de banco, são escoltados por agentes da vigilância sanitária contratados pela prefeitura, situação que caberia no caso em questão, ou até mesmo a escolta do proprietário do animal feita pelo comerciante. Outro ponto observado foi que os agentes da barreira, não deram atenção ao estado em que o animal se encontrava naquele momento.

A proprietária relatou que disseram a ela que não podia entrar, apenas se a veterinária fosse até a entrada da cidade e buscasse o animal. A veterinária que fez os primeiros atendimentos por telefone na cachorra, disse que sem os tutores e por se tratar de algo complexo, não seria possível deixar apenas o animal entrar e que a situação foi um absurdo, já que se tratava de um atendimento emergencial com risco de morte do animal.

Nossa equipe questionou a gerente de saúde do município, Indianra Dantas, se teria sido omissão, descaso por ser um animal ou desinformação dos agentes sobre o que pode e que não se pode fazer? Já que neste caso, como atendimento médico veterinário e agropecuárias são considerados essenciais pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria de Estado e de Saúde de Mato Grosso do Sul.

Indianara Dantas relatou que o caso foi atípico e pede desculpas pelo ocorrido, destacou que existem voluntários na barreira e pode ter ocorrido algum engano. Ela destaca que serviços como o atendimento médico veterinário são considerados essenciais sim, ainda mais por motivo emergencial.

A gerente de Saúde afirmou à nossa equipe que vai apurar o ocorrido e que também irá fazer uma reunião com a equipe para que isso não volte a acontecer. Indianara disse que todos os atendimentos essenciais são prioritários, incluindo veterinários, de Sonora ou de outra cidade que precise de atenção em sonora.

Nossa equipe também entrou em contato com o procurador jurídico da prefeitura, Diogo Camatte e com o responsável pela vigilância sanitária, Eçuelio Oliveira. Camatte disse que os agente erraram e que vai apurar os fatos ocorridos. Oliveira não atendeu nossas ligações para comentar sobre o ocorrido.

(Idest)

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