Marquinhos cogita PP, União Brasil ou PL para concorrer à vaga de vereador

Ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad deve trocar de legenda nos próximos dias – DIVULGAÇÃO

De ex-candidato a governador derrotado depois de denúncias de supostos crimes sexuais a provável candidato a vereador disputado por outras três grandes legendas em um intervalo de quase dois anos.
Poderia até ser um enredo de novela, mas se trata da atual situação do ex-prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad, que, por enquanto, ainda continua no PSD.

No entanto, conforme interlocutores de Marquinhos Trad ouvidos pelo Correio do Estado, nos próximos dias ele deve sair do PSD para disputar uma vaga na Câmara Municipal de Campo Grande por outra legenda.
Até o momento, de acordo com informações apuradas pela reportagem, o ex-prefeito, que renunciou ao cargo em abril de 2022, após ter sido reeleito seis meses antes, teria recebido convites para se filiar ao PP, da senadora Tereza Cristina, ao União Brasil, da ex-deputada federal Rose Modesto, e ao PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O Correio do Estado levantou que Marquinhos Trad estaria pendendo a aceitar o convite do PP ou do União Brasil, pois o convite do PL teria sido feito por um amigo em comum dele e do presidente estadual da legenda, deputado federal Marcos Pollon, portanto, não teria partido diretamente da liderança da sigla.
Ainda conforme apuração da reportagem, o ex-prefeito teria sido contatado pela senadora Tereza Cristina, que lhe convidou para se reunirem com o objetivo de conversar sobre sua filiação ao PP.

Já no caso do União Brasil, o convite também teria sido feito pela superintendente de Desenvolvimento do Centro-Oeste, Rose Modesto, lembrando que o partido ainda tem em suas fileiras o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, primo de Marquinhos.

Entretanto, Rose Modesto pode enfrentar resistência interna, afinal, Marquinhos é um provável campeão de votos e tiraria a vaga de quem já está na legenda há mais tempo, portanto, não será uma tarefa fácil convencer os demais filiados. Com isso, o caminho mais provável para o ex-prefeito é ingressar no PP, em que já está sua ex-vice-prefeita e atual prefeita da Capital, Adriane Lopes, pré-candidata à reeleição.

DESCONTENTAMENTO

O Correio do Estado ainda obteve a informação de que Marquinhos Trad tomou a decisão de sair do PSD por descontentamento com os rumos que o partido estaria tomando ao se aproximar do PSDB.

Segundo interlocutores próximos do ex-prefeito, ele ainda não digeriu o fato de que teriam partido do ninho tucano as denúncias de crime sexuais para inviabilizar sua candidatura a governador nas eleições de 2022.
Também teriam pesado na decisão as especulações de que o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, estaria negociando com o ex-governador Reinaldo Azambuja, presidente estadual do PSDB, o apoio do partido à pré-candidatura do deputado federal Beto Pereira a prefeito da Capital.

Além disso, haveria o suposto impedimento, por parte do deputado estadual Pedrossian Neto, pré-candidato do PSD a prefeito de Campo Grande, e de seu irmão, senador Nelsinho Trad, presidente estadual da legenda, à sua candidatura a vereador.

Outro fator que pesou é o fato de Marquinhos Trad ter reclamado à Executiva nacional do PSD sobre a falta de participação nas decisões do partido em Mato Grosso do Sul e, principalmente, em Campo Grande.

Afinal, o ex-prefeito e o falecido jornalista Antonio João Hugo Rodrigues foram os responsáveis pela reconstrução do PSD no Estado, porém, quando seu irmão ingressou no partido já com o mandato de senador, a executiva nacional automaticamente lhe repassou o comando da legenda.

O Correio do Estado procurou Marquinhos Trad para comentar as informações, bem como a senadora Tereza Cristina, a ex-deputada federal Rose Modesto e o deputado federal Marcos Pollon, porém, até o fechamento desta edição, não obteve retorno.

HUMILDADE

Diferentemente de outras lideranças políticas de Campo Grande, Marquinhos Trad não tem o menor problema de descer um degrau na hierarquia política e disputar uma vaga de vereador nas eleições deste ano.

Ele segue o exemplo do ex-governador Zeca do PT, que, após administrar Mato Grosso do Sul por dois mandatos, também saiu candidato a vereador por Campo Grande e foi um dos mais votados.

Agora, o ex-prefeito pretende repetir o feito do petista e ser um dos mais votados, ajudando sua futura sigla a fazer pelo menos mais dois vereadores no pleito deste ano.

 

 

correio do estado

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