Líder do Caiobá acusa engenheiro de tentar matá-lo com pá-carregadeira

O presidente do bairro Caiobá II, Wesley Neres, 47 anos, garante que um engenheiro jogou uma pá-carregadeira contra ele, para matá-lo, em Campo Grande. Os dois discutiam sobre o direcionamento da água da chuva no bairro.

Conforme o relato da liderança comunitária, tanto o engenheiro, que constrói um condomínio no local, quanto moradores do Caiobá, sofrem com a água das chuvas que vêm do Riviera Park.

‘’Uma parte da água cai na rua Mangaba, que é o terreno dele, e outra cai no Caiobá II’’, detalhou Neres. Sendo assim, o empresário fez intervenções na rua, que levam mais problemas aos moradores do bairro.

‘’A água vem com força, até reconheço que a enxurrada causou problema na obra dele’’, pondera Wesley.

Briga entre morador e engenheiro quase acabou em tragédia

Câmera de mercado flagrou maquinário em direção à caminhonete. (Foto: Repórter Top)

Ao ver que a intervenção do engenheiro na rua Mangaba iria prejudicar a comunidade, com enxurrada caindo mais forte na rua Velia Berti de Souza, Wesley parou o carro e tentou conversar com o engenheiro.

 

‘’Fiz sinal que queria conversar com ele. Bati na porta da máquina. Aí ele puxou o freio de mão, desceu e me deu uma porrada no pescoço’’, denuncia a liderança.

No mesmo instante, segue a denúncia, Wesley reagiu e também deu socos no suspeito. Na sequência, o engenheiro teria entrado no maquinário novamente e avançou contra uma caminhonete Ranger, onde estava Neres. Ele manobrou rapidamente e conseguiu evitar o ataque.

Ainda conforme o relato, Neres desceu do veículo e foi mostrar uma tampa de bueiro para outras pessoas. Nisso foi alertado por testemunhas que o maquinário avançava sobre ele.

‘’Quando eu agachei para pegar a tampa, ele veio com a concha na minha direção. Só deu tempo deu botar a mão na máquina e pular para trás’’, desabafou Wesley.

Assustado, conta o homem, ele pegou pedras e atirou no maquinário, até o empresário deixar o local. Ele conta que o impasse entre os dois é antigo e que tenta resolver com diálogo.

‘’Ele é uma pessoa influente e juntos poderíamos conversar e até conseguir um asfalto para o bairro’’, refletiu Neres.

Imagens de câmeras de segurança de um supermercado e vídeos feitos por testemunhas mostram as cenas de desespero.

 

O caso, que Wesley classifica como tentativa de homicídio, teria sido registrado na 6ª DP, no Tijuca. O espaço está aberto ao engenheiro citado.

 

FONTE: CONTEUDO MS

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