Justiça mantém multa de R$ 1 milhão e deixa Bernal inelegível por cinco anos

Justiça negou liminar ao ex-prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), para derrubar multa de R$ 1 milhão e livrá-lo da suspensão dos direitos políticos por cinco anos.

A condenação, datada de julho de 2020, é decorrente da denúncia da farra das contratações envolvendo a prefeitura, Omep (Organização Mundial pela Educação Pré-Escolar) e Seleta Sociedade Caritativa e Humanitária. Na ocasião, Bernal já estava inelegível devido à cassação do mandato pela Câmara Municipal. A mesma sentença condenou o ex-prefeito Gilmar Olarte (sem partido).

Nos convênios, os trabalhadores teriam de atuar em Ceinfs (Centros de Educação Infantil) e Cras (Centro de Referência à Assistência Social). Mas a estimativa é que, além de funcionários fantasmas, pelo menos 2,7 mil estavam em desvio de função.

“Na prática, a Omep e a Seleta foram transformadas numa agência de empregos, recebendo comissão de 5% sobre os custos mensais do convênio”, afirma o juiz da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, David de Oliveira Gomes Filho. A sentença transitou em julgado em fevereiro de 2022.

 

Contudo, Bernal entrou com ação rescisória para derrubar a condenação. O ex-prefeito afirma que cumpriu com acordo firmado entre a prefeitura e o Ministério Público, realizou atos para concretizar concurso público, com as devidas previsões orçamentárias para suportar as despesas e não houve dolo em suas ações. Mudança na LIA (Lei de Improbidade Administrativa) passou a exigir a presença de dolo no ato da autoridade, bem como o dano ao erário e enriquecimento ilícito. ( CAMPO GRANDE NEWS)

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