Intubado com covid em Mossoró, Justiça concede liberdade a Fahd Jamil

O chefe da maior milícia armada de Campo Grande, Jamil Name, está com covid-19 e precisou ser intubado em um hospital de Mossoró. A cidade do Rio Grande do Norte é a mesma onde ele cumpre prisão preventiva, em razão das investigações da Operação Omertà.

Conforme nota do advogado Tiago Bunning, de Campo Grande, a direção do Presídio Federal do Mossoró informou a defesa que Name teve sintomas de covid por volta das 17h30 do dia 31 de maio.

Ainda segundo Bunning, em razão da gravidade das doenças e da condição de ancião de Jamil, foi preciso levar o preso para uma UPA. O paciente teria chegado em estado crítico, com baixa saturação de oxigênio no sangue, sendo levado para tomada de oxigênio.

A nota diz que foi feito um pedido de internação em um hospital público da região, mas em razão da superlotação, foi preciso procurar vaga em unidade privada, que mesmo assim demorou quatro horas.

A internação de Jamil Name em um hospital privado ocorreu ainda na noite de 31 de maio, em uma UTI. O cliente, diz Bunning, permanece lá até o momento e sob escolta de agentes penitenciários federais. Nesta quarta-feira, Name precisou ser intubado.

Diante do caso, a defesa de Jamil protocolou, nesta terça-feira (1º), um habeas corpus pedindo a prisão domiciliar de Jamil ou internação dele em outro hospital de referência contra a covid-19.

 

Ainda segundo o advogado, até o momento, o pedido de tutela provisória não teve decisão proferida.

O juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, concedeu liberdade domiciliar para Fahd Jamil Georges, 79.

Ele é réu e um dos alvos da Operação Ormetà, que investiga várias ações criminosas em Mato Grosso do Sul.

No dia 29 de maio o ‘Rei da Fronteira’, como é conhecido, passou por procedimento cirúrgico cardíaco e retornou à sede do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), na Capital, onde está preso desde o dia 19 de abril, após se entregar à polícia no Aeroporto Santa Maria.

De acordo com a decisão do magistrado, Fahd terá que usar tornozeleira eletrônica e não poderá se ausentar de Campo Grande.

Segundo os advogados de defesa, Gustavo Badaró e André Borges, o réu continuará o tratamento perto dos familiares e ficará à disposição da Justiça.

“Quanto ao tema da prisão domiciliar, a defesa de Fahd Jamil sempre confiou na atuação técnica e justa do Garras, Gaeco, IMOL e do Judiciário, todos tendo atuado de maneira eficiente e isenta para garantir direito previsto em lei, o que é muito positivo. Agora nosso cliente cuidará da saúde, ao lado da família e dos amigos, pessoas que nunca lhe faltaram, sem prejuízo de continuar à disposição das autoridades em geral e de se defender regularmente nos processos existentes”, relatam.

ARMAGEDOM

Fahd foi alvo da terceira fase da Operação Ormetà, desencadeada em dezembro do ano passado e denominada Armagedom.

A intenção da ação era desbaratar organização criminosa atuando em Mato Grosso do Sul, mais precisamente na região de fronteira com o Paraguai.

 

Conforme as investigações na época, os envolvidos são investigados por diversas ações, entre elas tráfico de armas, homicídios, corrupção e lavagem de dinheiro.

 

fonte: conteudo ms

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