Idoso de Campo Grande pode estar com fungo negro, alerta Saúde

Idoso de 71 anos, que mora em Campo Grande, está sendo observado pelo serviço de Saúde, já que pode estar com a mucormicose, conhecida como ‘‘fungo negro’‘. A notificação sobre a suspeita da doença causada por fungos, que seria o primeiro caso de MS, foi feita nesta segunda-feira (31).

A informação vem do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde, o CIEVS-MS. O órgão emitiu uma comunicação de risco, trazendo os detalhes sobre o caso.

Ainda conforme o CIEVS-MS, a informação da suspeita da doença foi inicialmente detectada pelo CIEVS Campo Grande, no dia 31. O caso em questão é de um idoso que possui diabetes e hipertensão arterial. Ele também teve covid-19, com início dos sintomas em 9 de maio.

Conforme o relatório, o paciente testou positivo para a covid no dia 18 de maio, quando estava com febre, dor de garganta e baixa saturação de oxigênio, além de dificuldade respiratória. Ele já havia recebido as duas doses da vacina contra a covid.

 

Sobre a suspeita da doença, que é classificada como epidemia na Índia, o boletim dá conta que o idoso apresentou mucormicose no olho esquerdo, com ferida intensa na região da pálpebra e ‘’lesão necrótica superior poupando a borda, apresentando quemose conjuntival sanguinolenta e úlcera corneana’’.

Ainda conforme o boletim, o paciente está sob ventilação mecânica, instável hemodinamicamente e sem condições para transferência para um hospital de maior complexidade.

O que é Mucormicose

A mucormicose, popularmente conhecida como Fungo Negro, é uma infecção causada por vários organismos fúngicos da ordem Mucorales. A contaminação ocorre por meio da inalação de mofo mucoso, normalmente encontrado em plantas, frutas e vegetais em decomposição.

A doença não é contagiosa, o que significa que não pode se espalhar pelo contato entre humanos ou animais. Mas ela se espalha a partir de esporos de fungos que estão presentes no ar ou no ambiente, que são quase impossíveis de evitar.

A maioria dos sintomas frequentemente resulta de lesões necróticas invasivas no nariz e no palato, acompanhadas de dor, febre, celulite orbitária, proptose e secreção nasal purulenta.

Tratamento

Embora a infecção possa começar com uma infecção de pele, pode se espalhar para outras partes do corpo. O tratamento envolve remover cirurgicamente todos os tecidos mortos e infectados. Em alguns pacientes, isso pode resultar em perda da mandíbula superior ou às vezes até mesmo do olho. A cura também pode envolver de 4 a 6 semanas de terapia antifúngica intravenosa. Como afeta várias partes do corpo, o tratamento requer uma equipe de microbiologistas, especialistas em medicina interna, neurologistas intensivistas, oftalmologistas, dentistas, cirurgiões e outros.

 

 

fonte: conteúdo ms

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