Em agenda com ministro, Marquinhos vai pedir prioridade na licitação da ferrovia

A prioridade do prefeito Marquinhos Trad (PSD) a ser tratada com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, será a licitação da ferrovia. Tarcísio veio a Campo Grande para entregar a reforma da área de embarque do Aeroporto Internacional de Campo Grande.

Segundo o secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Rudi Fiorese, o assunto será discutido em agenda que os dois têm logo mais, às 11h.

“A licitação é fundamental não só para a viabilização do terminal intermodal de cargas como para todo o Estado”, disse Fiorese durante assinatura de ordem de serviço para revisão do plano diretor, feita na manhã de hoje no auditório da Casa da Esplanada.

Sem detalhar valores previstos nem quando deve sair a licitação, o secretário frisou apenas que depende do Governo Federal, por isso o assunto será prioridade. “O porto seco está pronto e ajudaria muito se tivesse a ferrovia em operação para ter um movimento maior de cargas. Para a Prefeitura ativar o porto seco está pronta toda a parte estrutural, nós precisamos é destravar a situação com o ministro”, completou.

Ferrovia – A nova licitação para escolher a empresa que vai administrar a ferrovia Malha Oeste, que corta Mato Grosso do Sul de leste à oeste e ainda liga o centro do Estado à região sul, deve acontecer até novembro de 2022, conforme noticiado em junho pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).

Tradicionalmente conhecida como Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, a ferrovia teve grande impacto no desenvolvimento de Campo Grande como o principal polo do então Mato Grosso unificado, no início do século passado. Além disso, foi a porta de entrada de vários grupos de imigrantes na cidade.

A ferrovia também exerceu grande influência no crescimento de povoados que se tornaram potências regionais, como Três Lagoas, hoje conhecida como um dos principais polos brasileiros e mundiais da produção de celulose.

Apesar da grande relevância, a ferrovia ficou abandonada por décadas, se tornando um “grande elefante branco”. A estrutura chegou a ser licitada e entregue a Rumo, que acabou não desenvolvendo o trabalho pretendido ali e preferiu devolver a concessão.

Nos áureos tempos, a Noroeste do Brasil ligava Campo Grande à Corumbá – trecho onde também funcionou o transporte de passageiros no Trem do Pantanal -, passando por Aquidauana e Miranda, e também à Três Lagoas.

No Estado de São Paulo, entre as principais cidades que a linha férrea dava acesso estão Araçatuba (SP) e Bauru (SP) – depois a linha foi estendida até Mairinque (SP). Já no trecho do sul de Mato Grosso do Sul, a estrada de ferro que sai da Capital passava por Sidrolândia, Maracaju e encerrava sua malha em Ponta Porã.(CAMPO GRANDE NEWS)

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