Custo de vida em Campo Grande dobra


Campo Grande registrou inflação de 0,92% em fevereiro, alta do custo de vida em relação a janeiro, quando o IPCA Índice de Preços ao Consumidor Amplo) foi de 0,53%. O grande impacto no bolso da população foi o aumento dos gastos com combustíveis, principalmente pela gasolina, que já entra no 9º reajuste consecutivo.

O índice na cidade ficou acima da média nacional, que foi de 0,86% no período, alta em relação a janeiro, que foi de 0,25%. Esse resultado nacional foi o maior resultado para um mês de fevereiro desde 2016, quando o IPCA foi de 0,90%

O IPCA é medido mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), criado para oferecer a variação dos preços no comércio para o público final. O índice é considerado o oficial de inflação no país.

Todas as 16 capitais pesquisadas no Brasil registraram alta. Pelo levantamento, Campo Grande ficou em 8º entre as capitais com maior índice inflacionário em fevereiro, juntamente com Curitiba. A capital de MS registrou alta de 1,45% no ano e 7,81% no acumulado dos últimos 12 meses. O maior IPCA foi calculado em Fortaleza (1,48%).

O aumento dos gastos com transporte (2,28%) foi apontado como um principal responsável, principalmente pela alta dos combustíveis (7,09%).

O gerente do Sistema Nacional de Índice de Preços do IBGE, Pedro Kislanov, apontou o custo com a gasolina como um dos fatores principais, com a 9ª alta consecutiva.

A gasolina (7,11%), individualmente, contribuiu com 0,36 ponto percentual, ou cerca de 42% do índice do mês. Além disso, os preços do etanol (8,06%), do óleo diesel (5,40%) e do gás veicular (0,69%) também subiram. Com os resultados de fevereiro, o item combustíveis acumula alta de 28,44% nos últimos 9 meses.

No grupo Habitação, a maior contribuição veio do gás de botijão (2,98%), cujos preços subiram pelo nono mês consecutivo.

Kislanov também citou os gastos na educação (2,48%), principalmente com cursos regulares (3,08%). “As instituições de ensino retiraram descontos que tinham sido oferecidos no ano passado”.

Auxílio emergencial – O grupo classificado como Alimentação e bebidas desacelerou pelo terceiro mês consecutivo, ficando em 0,27%.

Contribuíram para essa queda os preços da batata-inglesa (-14,70%), tomate (-8,55%), leite (-3,30%), óleo de soja (-3,15%) e arroz (-1,52%).

Por outro lado, os preços da cebola (15,59%) seguem em alta e as carnes, que haviam apresentado queda de 0,08% em janeiro, subiram 1,72% em fevereiro.

O fim do pagamento do auxílio emergencial pode ter influenciado nesse resultado, já que, sem dinheiro, a demanda de itens básicos e essenciais na cesta básica do brasileiro começa a cair.

“O arroz pode ter a questão do auxílio emergencial. Estamos desde janeiro sem. Em janeiro e fevereiro a gente não teve auxílio, houve redução na demanda doméstica por arroz”, disse Kislanov. “A retirada do auxílio pode ter reduzido a demanda por alguns itens essenciais, como é o caso do arroz. Há uma série de fatores que vão influenciar o preço dos alimentos, o auxílio emergencial é apenas um deles”, completou.

 

(CAMPO GRANDE NEWS)

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